
Diversificação e novidades. É difícil imaginar que outras palavras possam passar tanto pela cabeça dos gestores da Apple neste momento como estas. Pela primeira vez em 13 anos as vendas da companhia caíram. Pela primeira vez na história da Apple as vendas do iPhone recuaram.
O smartphone da Apple teve um papel crucial na vida da empresa e foi a arma secreta para reinventar um negócio que nem passava pelo mundo dos telemóveis. Ganhou tanto peso na operação da fabricante norte-americana que hoje representa quase 70% das vendas da empresa. E isso tem consequências importantes quando o mercado começa a ficar saturado e noutras áreas os números também não são os mais brilhantes. Nos tablets, por exemplo, as vendas do iPad também continuam a cair
Voltando aos telemóveis. Nos últimos três meses do ano passado, um trimestre tipicamente forte graças às vendas de Natal, os números da Gartner já apontavam para um abrandamento generalizado das vendas. O mercado cresceu ao menor ritmo desde 2008 e a Apple (tal como a Samsung) ressentiram-se. As vendas do iPhone terão caído mais de 4%, isto enquanto as marcas chinesas como a Huawei ou a Xiaomi continuam a crescer, muito às custas de um mercado vital para a Apple.
Sabe-se agora que em todo o ano fiscal a Apple vendeu 51,2 milhões de unidades do iPhone, quando no ano anterior tinha vendido 61 milhões, mais 16%. O abrandamento da procura na China e a falta de inovação do novo modelo são apontados por vários analistas como explicação para os números.
Tipicamente as grandes novidades do smartphone não estão nas versões s – as últimas lançadas pela marca no segmento topo de gama, com os modelos 6s e 6s Plus – mas na evolução entre gerações e isso garantiu menos argumentos à Apple nos últimos meses, para tentar combater a tendência de abrandamento do mercado.
Outra novidade do ano que para a Apple terminou em março foi o lançamento do iPhone SE. Muito se tem escrito sobre o papel deste equipamento no portefólio da empresa e alguns elementos saltam à vista. O primeiro será o preço – demasiado alto para um telefone low cost e a outra as opções de design, demasiado restritivas (sobretudo no tamanho) para tirar partido de um dispositivo com potencial para desfrutar de conteúdos multimédia, trabalhar e jogar. Estes argumentos para não comprar o novo iPhone podem ser subjetivos, mas a verdade é que devem ter feito sentido para muitos fãs da marca. O iPhone SE não foi recebido com filas à porta das lojas…
A Apple terminou o ano com vendas de 50,6 mil milhões de dólares, numa queda de 13%. Os lucros recuaram 22% para 10,5 mil milhões. A generalidade dos analistas consultados pela imprensa norte-americana pede novidades à marca para contrariar a tendência. E acreditam que podem surgir nas áreas onde a Apple já está ou noutras.
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