Portugal continua a manter uma posição "confortável” entre os governos mais bem cotados no ranking de transformação digital da OCDE. A mais recente versão do relatório coloca o país no 11º lugar, acima da média geral, apurada entre os valores finais conseguidos por todos os membros da organização.
Digital by design e User-driven - respetivamente relativas à adoção do digital de forma estratégica pelos organismos da Administração Pública e à disponibilização de serviços centrados no utilizador - são as duas dimensões em que Portugal consegue os melhores resultados.
O top 10 do Índice de Governo Digital de 2023 é formado pela Coreia, Dinamarca, Reino Unido, Noruega, Austrália, Estónia, Colômbia, Irlanda, França e Canadá. O desempenho equilibrado destes países nas seis dimensões em análise “reflete os seus alargados esforços na implementação de políticas governamentais digitais”, escreve a OCDE.
A edição de 2023 do Índice de Governo Digital analisou até que ponto os países têm as bases necessárias para aproveitarem a tecnologia de modo a transformarem digitalmente os seus governos numa aproximação centrada nas pessoas, durante o período entre 1 de janeiro de 2020 e 31 de outubro de 2022.
“Os resultados globais da DGI refletem os desenvolvimentos feitos pelos governos para avançar a digitalização do sector público durante o período de avaliação”, pode ler-se no relatório.
Quase todos os governos pontuaram acima da marca de 0,5, situando-se na metade superior do Índice, com a média da OCDE a situar-se nos 0,605. Isto implica que, numa escala de 0 a 1, onde 1 indica o nível mais elevado de esforços na definição das bases facilitadoras para uma transformação digital do sector público que seja coerente e centrada no ser humano, a maioria dos países está mais perto deste nível do que longe dele.
Os países da OCDE têm melhor desempenho nas dimensões Digital by design, Data-driven e Government as a Platform. “Os resultados refletem os esforços para reforçar as fundações do governo digital em resposta à pandemia da COVID-19”, considera a organização, incluindo a necessidade de implementar e ampliar a infraestrutura pública digital - por exemplo, identidade digital, partilha de dados, plataformas e aplicações de serviços digitais -, para apoiar o acesso ao governo.
Em contrapartida, os esforços de monitorização apresentam os resultados mais baixos. Este desempenho demonstra a necessidade de ações concretas para centrar na implementação eficaz de políticas governamentais digitais, “para garantir que os objetivos sejam alcançados e que as partes interessadas permaneçam responsáveis”.
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