A Pararede, empresa que actua nas áreas das tecnologias de comunicação e sistemas de informação, acaba de apresentar prejuízos na ordem dos 113,950 milhões de euros relativamente ao ano fiscal de 2001. Perante resultados tão negativos a empresa revelou já a intenção de propor em Assembleia Geral, a realizar no próximo dia 24 de Maio, a redução do seu capital social de 125.087.500 euros para 50.035.000 euros, no sentido de cobrir alguns dos prejuízos apresentados.

Caso a proposta seja aprovada irá acontecer uma redução do valor nominal das participações sociais da empresa, passando cada acção a ter um valor nominal de 0,4 euros. Segundo revela hoje o jornal Diário Económico, os maus resultados explicam-se devido às amortizações e provisões que a empresa teve de efectuar durante o ano passado e aos custos do seu processo de reestruturação.

De salientar que as provisões e amortizações representaram para a ParaRede 25 milhões de euros nas contas o que se reflectiu num EBITA negativo de 43 milhões de euros. Refira-se que em 2000, o resultado operacional tinha sido de 1,762 milhões de euros positivos, numa base pro forma contabilizando a ParaRede em conjunto com a Eurociber.

Quanto aos resultados extraordinários, foi calculado um prejuízo de 74,324 milhões de euros e em relação ao custos extraordinários o valor determinado foi de 76 milhões de euros. Já as receitas totais foram de 40,124 milhões de euros, menos 21 por cento do que em 2000.

Atribuindo alguma culpa destes resultados à situação económica mundial, a Pararede também não apresentou resultados mais animadores na sua actividade internacional, com apenas 11 por cento do volume de negócios a ser efectuado no exterior - enquanto que em 2001 este representou 49 por cento -, facturando a quantia 4,506 milhões de euros. Desta forma, a margem EBITDA passou de 16,6 por cento para um valor negativo de 44,3 por cento.

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