Receitas e lucros das big tech continuam a acelerar e investimentos em IA vão ser reforçados

Meta, Alphabet e Microsoft já apresentaram os resultados do trimestre terminado em setembro. A máquina de gerar receitas das big tech continua imparável e os investimentos em inteligência artificial também
Receitas e lucros das big tech continuam a acelerar e investimentos em IA vão ser reforçados
Grok e Copilot design

A época de apresentação de resultados está aberta e os números que as big tech começam a revelar confirmam que a inteligência artificial está no topo das prioridades de investimento e lidera a despesa, com retornos que parecem compensar, mesmo que alguns percalços manchem os anúncios.

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Que o diga a Meta, dona do Facebook e do Instagram, que esta quarta-feira anunciou uma queda de 83% nos lucros do trimestre entre julho e setembro. A culpa foi de uma despesa fiscal única no período, explicou a empresa, relacionada com a lei que suporta a nova política orçamental da Casa Branca, conhecida como “One Beautiful Bill”.

As receitas, por seu lado, mostram que o trimestre não correu mal à gigante criada por Mark Zuckerberg, que faturou 51,2 mil milhões de dólares nos três meses em análise, mais 26% que há um ano.

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Os lucros ficaram então nos 2,7 mil milhões de dólares. No mesmo período do ano passado tinham ascendido a 15,7 mil milhões de dólares. A despesa que baralhou as contas à Meta foi quantificada pela empresa e teve um peso de 15,9 mil milhões de dólares nas contas.
Sem este encargo, a Meta afirmou que o lucro líquido teria aumentado 19%, para 18,6 mil milhões.

Mark Zuckerberg revelou na apresentação de resultados que vai gastar mais que o previsto antes para continuar a acelerar o passo na inteligência artificial. Os investimentos de capital em 2025 vão ficar entre os 70 mil e os 72 mil milhões de dólares. A projeção anterior apontava para um limite mínimo do intervalo menor. O responsável também disse que no próximo ano estes investimentos de capital vão ser “significativamente maiores”.

A par no novo laboratório para a superinteligência, a divisão Reality Labs continua a ser uma das áreas onde a Meta mais está a investir, ainda sem o retorno desejado mas a caminho disso. A divisão fechou o trimestre com perdas operacionais de 4,4 mil milhões de dólares, mas com receitas a crescer 74% para 470 milhões de dólares.

Dona da Google soma e segue na IA

A Alphabet teve notícias mais positivas para apresentar ao mercado. Superou as expectativas ao anunciar receitas de 102,3 mil milhões de dólares, quando as previsões apontavam para menos de 100 mil milhões.

Além do crescimento de 16% nas receitas, a dona da Google aumentou os lucros para 34,98 mil milhões. No mesmo trimestre do ano passado tinha ficado pelos 26,3 mil milhões.

A IA está no centro da estratégia de crescimento da Alphabet. Nada de novo até aqui, a empresa já o tinha assumido. A novidade é que até agora previa investir 85 mil milhões de dólares este ano na tecnologia, acredita agora que esse investimento pode chegar aos 93 mil milhões de dólares.

Microsoft acelera a fundo nas infraestruturas para IA

A Microsoft também revelou esta quarta-feira os resultados do seu primeiro trimestre fiscal, terceiro no calendário. As receitas atingiram os 77,7 mil milhões de dólares, a crescer 17%, com o negócio de cloud a contribuir com quase metade deste valor (30,9 mil milhões).

Os lucros da dona do Windows foram de 30,8 mil milhões de dólares, também em trajetória positiva: o crescimento foi de 22%.

Os investimentos da tecnológica em infraestruturas para IA atingiram valores recorde no trimestre de 35 mil milhões de dólares e a empresa já admitiu também que em 2026 serão maiores.

O anúncio de resultados da Microsoft chegou no mesmo dia em que a empresa revelou que vai reforçar a parceria com a OpenAI, dona do ChatGPT. O acordo dá à Microsoft acesso mais abrangente à tecnologia da OpenAI e assegura uma posição de 27% no capital da OpenAI.

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