Com base num estudo recente, a presidência holandesa está a propor uma revisão da política europeia para a área das tecnologias da informação e comunicação (TIC), que, com uma melhoria de alguns pontos que a integram, permitiria à União Europeia alcançar as potências mundiais do sector.



Na introdução da análise - encomendada pela Comissão Europeia à PricewaterhouseCoopers -, o ministro holandês dos Assuntos Económicos, Laurens Jan Brinkhorst, não deixa de salientar os resultados importantes conseguidos nos últimos anos, no sector das TIC, com meios relativamente modestos, mas considera que a situação não se deverá manter sob pena não serem alcançados alguns dos objectivos a que a UE se propôs.



"A explosão da 'bolha', os novos Estados-membros, as novas possibilidades tecnológicas e o aumento das capacidades competitivas da Ásia e da América - tudo isso requer que revejamos os nossos objectivos de maneira a alcançá-los", refere Laurens Jan Brinkhorst.



Os analistas da PricewaterhouseCoopers sugerem dez medidas que poderiam ajudar a UE a recuperar o terreno entretanto ganho pelos seus concorrentes, nomeadamente a normalização das soluções de TIC na Europa para gerar novos negócios. "Necessitamos de soluções pan-europeias interoperáveis para a autenticação e pagamentos electrónicos, com o objectivo de estimular a inovação e o crescimento económico de forma considerável", refere-se no estudo.



Um segundo ponto diz respeito à polémica questão da migração de empregos para países de renda baixa, ou off-shoring. Segundo a PricewaterhouseCoopers essa é uma tendência que não se deve travar, mas será importante que a Europa formule uma estratégia para garantir que os postos de trabalho perdidos não ficam a dever-se a reduções desnecessárias no mercado laboral europeu e para a criação de novos empregos.



Outros dos avanços necessários citados pelo estudo são a reorientação da política de empresa e governo electrónicos, a luta pela liderança da plataforma mundial na indústria das TIC e a identificação de soluções que promovam a segurança e confiança do consumidor.



A PricewaterhouseCoopers considera urgente aplicar tais medidas. "Se a UE pretende cumprir os objectivos de Lisboa estabelecidos para 2010, terá que realizar algumas mudanças estruturais", refere-se. "Os resultados obtidos por outros países nos últimos dez anos demonstram que vale a pena investir no futuro das TIC. A Europa não conseguirá obter resultados se não fizer algumas alterações e investimentos", avisa o estudo.



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