O nome Ren Zhengfei é provavelmente desconhecido da maior parte dos leitores mas há uma justificação para isso: o fundador e diretor executivo da Huawei nunca dá entrevistas. Num ato raro nos 26 anos de liderança da tecnológica chinesa, Ren Zhengfei falou com vários repórteres para defender a imagem da empresa contra os EUA.

Um estudo norte-americano publicado há alguns meses apresentou nas conclusões que as tecnológicas chineses como a Huawei e ZTE eram uma ameaça para a cibersegurança dos EUA pelo forte mercado que detêm a nível de infraestruturas de telecomunicações noutros países, pela alegada falta de transparência e pelas hipotéticas ligações ao regime de Pequim.

Até a timidez do CEO da Huawei é por vezes evocada como um facto que prova o lado mais "sombrio" da marca oriental. Ren Zhengfei desmentiu todas estas afirmações e disse ainda que a sua empresa vendeu poucos equipamentos às operadoras norte-americanas ou forças governamentais para que sejam ligados a teorias da conspiração.

A força pouco significativa que os EUA representam no negócio da Huawei acaba por dar alguma razão ao diretor executivo da marca chinesa, segundo escreve a Reuters. Ren Zhengfei negou ainda a existência de qualquer ligação ao poder político em vigor na China.

A tecnológica asiática está decidida em mudar a imagem de uma empresa fechada e tem trabalhado de forma a promover a interação entre os executivos e a imprensa.

A notícia surge numa altura em que a Huawei lançou o primeiro smartphone com Windows Phone 8 no mercado português, o Ascend W1, um dispositivo de gama média com um preço a rondar os 170 euros e que promete dar alguma luta aos dispositivos de entrada com sistema operativo Android.


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