“Procura mais fraca”, “abrandamento”, “inventário mais alto”, “período mais fraco” e novamente “procura mais fraca”. Estes são alguns termos usados pela Samsung nas previsões para os resultados fiscais do segundo trimestre do ano. E tanto negativismo vai resultar numa quebra de 25% nas receitas da empresa em comparação com igual período de 2013.



A Samsung dá várias justificações para os maus resultados que se avizinham. A mais forte é a forte valorização que o kwan, moeda sul-coreana, tem conhecido face ao dólar. Uma tendência que prejudica os exportadores do país asiático. Mas esta não é aquela que mais diz respeito aos consumidores e seguidores da área.



As receitas da tecnológica vão baixar porque o interesse dos consumidores nos telemóveis da empresa também tem baixado. O mercado em si tem desacelerado, o que levou a uma menor escoação dos stocks de smartphones de baixa e média gama, revela a Samsung em comunicado.



A empresa explica também que a concorrência na China e na Europa tem sido maior, um factor que também tem influenciado o desempenho da divisão de smartphones. Em Portugal, por exemplo, existem agora várias marcas com modelos de telemóveis a baixo custo, como a Nokia, a LG, a Wiko e a bq.



Também ao nível dos tablets a gigante asiática fala em vendas “lentas”, por causa do ciclo de renovação mais longo quando em comparação com o dos smartphones. A Samsung também fala em “canibalismo” que está a ser causado pelos telemóveis com ecrãs de cinco e seis polegadas, algo que se faz sentir sobretudo nos tablets de sete polegadas.



Mas a tecnológica sul-coreana já está à espera da bonança. Alavancada pelo lançamento de novos equipamentos as projeções são de que no final do ano as receitas voltem a recuperar – um pico que é tradicionalmente justificado pelo aumento do consumo na época das festividades.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico