Em época de crise, as grandes empresas da UE reduzem menos o investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D) que as concorrentes norte-americanas, revela o último índice da Comissão, referente a valores dispendidos em 2009, onde a PT é a empresa portuguesa melhor classificada.

No Painel de 2010 da UE sobre o investimento da indústria em I&D, publicado hoje pela Comissão Europeia, a Portugal Telecom ocupa o sexto lugar da tabela relativa ao sector das comunicações fixas, cujo pódio é ocupado pela inglesa BT, seguida France Telecom e pela Telecom Itália.

Na análise conjunta dos vários sectores da indústria, a portuguesa classifica-se em 89º lugar a da tabela europeia, numa lista que é liderada pela Volkswagen, com 5,8 mil milhões de euros de investimento em investigação. A Nokia é a tecnológica mais bem classificada, ocupando o segundo lugar da tabela global da indústria, com 4,9 mil milhões de euros investidos.

A Portugal Telecom entra no ranking com um investimento de 213 milhões de euros. Entre as empresas portuguesas a marcar presença na tabela das maiores investidoras europeias estão ainda a farmacêutica BIAL (59,75 milhões de euros), a Caixa Geral de Depósitos (58 milhões de euros). O quadro pode ser consultado abaixo e conta ainda com a presença, na área das TI, da Novabase, que ocupa o 6º lugar no ranking das portuguesas e o 16º, a nível europeu, no sector dedicado a serviços de software.

[caption]excerto do índice europeu por países[/caption]

No comunicado que acompanha a publicação do relatório, a Comissão destaca a aposta em investimento das empresas europeias, que embora tenha registado uma queda de 2,6 por cento, ficou acima do registado nos Estados Unidos, onde a redução foi duas vezes superior (5,1%).

A nível mundial os resultados são ainda assim, mais animadores, com uma redução que se ficou apenas pelos 1,9 por cento - devido à acção de mercados como o japonês, onde as empresas mantiveram os níveis de investimento. A Toyota sagrou-se como a maior investidora em I&D a nível mundial, afectando 6,8 mil milhões de euros à investigação.

Nota de Redacção: A notícia foi corrigida num dos valores mencionados.