Setenta e oito por cento dos internautas portugueses já realizaram compras através da Internet. Entre estes não há uma preferência especial entre sites portugueses e sites estrangeiros, revela um estudo da ACEP - Associação do Comércio Electrónico em Portugal e da Netsonda.



A pesquisa revela que é por sugestão de amigos, anúncios publicitários ou através de newsletters que os internautas escolhem os sites onde fazem compras. A frequência das compras online para a maioria dos inquiridos (70 por cento) é inferior a uma vez por mês, para uma média de gastos inferior a 75 por cento (para 75 por cento dos inquiridos).



Os produtos mais comprados nos canais de vendas online cobrem as áreas da informática, electrónica, bilhetes para espectáculos e desporto. O meio de pagamento mais utilizado é o cartão de crédito, como confirmam quase metade dos inquiridos.



Este meio de pagamento é simultaneamente o que motiva maiores resistências junto dos utilizadores, com uma percentagem igualmente elevada de internautas a recusarem a sua utilização neste tipo de operações (32 por cento). O envio à cobrança e o pagamento de serviços/MBNet são os meios de pagamento mais populares, a seguir ao cartão de crédito.



A grande maioria dos compradores online mostra-se satisfeita com os sites que visita (97,7 por cento) e reconhece no comércio online vantagens como a comodidade, o acesso a melhores preços e o funcionamento ininterrupto das lojas.


Maioria dos utilizadores continua a preferir a Internet só para procurar informação



O estudo da ACEP revela no entanto que a maioria dos internautas portugueses (77 por cento) prefere utilizar a Internet como meio de pesquisa de informação sobre produtos e serviços, mas acaba por realizar as suas compras nas lojas tradicionais.



Gostar de ver e de experimentar os produtos estão entre as principais motivações para a compra num canal tradicional, em detrimento da compra online. A falta de confiança nos sistemas de pagamento e a não utilização de cartão de crédito são também razões apontadas pelos inquiridos.



A maioria dos inquiridos que ainda não compra online admite vir a fazê-lo (65,9 por cento) mas uma larga percentagem não tem ideia de quando o irá fazer (82 por cento).



Responderam à pesquisa 869 internautas entre os dias 5 e 26 de Janeiro.




Nota de Redacção: [2007-04-16 12:56] A notícia foi corrigida com uma precisão relativa ao universo a que se referia a análise. Ao contrário do que era referido inicialmente, a amostra não podee ser extrapolada para o universo dos portugueses mas apenas para o de internautas portugueses, já que o inquérito foi conduzido online, o que de alguma forma justifica a disparidade de resultados face às estatísticas oficiais de compras online que referem que apenas 3% da população usa esta plataforma.




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