A Google apresentou ontem ao final do dia resultados relativos ao quarto trimestre de 2011. A empresa realizou no período vendas de 8,13 mil milhões de dólares (10,58 mil milhões, excluindo o custo de aquisição de tráfego refletido em comissões pagas pela empresa aos parceiros) e registou um lucro de 2,71 mil milhões de dólares.



No primeiro indicador a Google cresceu 25%, enquanto os lucros aumentaram 6,3%, embora os analistas tenham considerado o resultado dececionante e abaixo de todas as expectativas.
A maioria das previsões apontava para vendas na ordem dos 8,4 mil milhões de dólares, o que provocou uma descida das ações das empresas superior a 7% nas horas seguintes à divulgação dos números.



A explicar o decréscimo, a Google aponta uma quebra da procura na Europa e a redução do investimento publicitário na Internet, em favor dos telemóveis.



Genericamente, o custo médio dos anúncios também diminuiu. De acordo com os dados fornecidos pela empresa terá caído qualquer coisa como 8%.




Intel apresenta resultados recorde

A Intel também divulgou entretanto resultados de 2011, um ano muito positivo para a empresa que alcançou receitas recorde. A empresa obteve no período receitas de 54 mil milhões de dólares e resultados líquidos de 12,9 mil milhões de dólares.



No último trimestre a receita da fabricante de chips atingiu os 13,89 mil milhões de dólares e os lucros ficaram-se pelos 3,36 mil milhões de dólares, num crescimento de 6%.

Neste período entre outubro e dezembro de 2011 a Intel beneficiou de um crescimento de 17% nas vendas da divisão de computadores pessoais. Também os negócios de centros de dados e de outras arquiteturas cresceram, 7,7% e 35%, respetivamente.




"2011 foi um ano excecional para a Intel", admite o presidente Paul Otellini numa nota de imprensa, frisando que a empresa conseguiu bater recordes de receitas e lucros durante esse período.


"Com um extraordinário alinhamento de produtos e tecnologias para 2012 estamos entusiasmados com as oportunidades de crescimento que os ultrabooks podem gerar, tal como os centros de dados, a segurança e a introdução de smartphones e tablets suportados por Intel".

…Microsoft nem por isso

Num trimestre fraco no que se refere às vendas de PCs (em parte graças ao sucesso dos tablets), a Microsoft fechou o período compreendido entre outubro e dezembro com resultados quase em linha com os que tinha apresentado no período homólogo.



Os lucros ficaram-se pelos 6,62 mil milhões de dólares, contra os 6,63 mil milhões angariados no final do ano passado. As receitas, por seu lado, aumentaram 5%, para os 20,89 mil milhões de dólares.


As áreas que se destacaram pela positiva foram os servidores, os jogos para a Xbox e o Office, três áreas onde as vendas aumentaram. O Bing, por seu lado, ajudou a empresa a perder dinheiro.


De acordo com dados apresentados pela Microsoft, o mercado de PCs terá caído no período cerca de 4%. As vendas de netbooks representaram nesse universo apenas 2%, quando há um ano atrás representavam 8%. A preferência pelos tablets, que explica o fenómeno, teve impacto também nas vendas da fabricante que quase não está neste mercado.


IBM também divulga resultados

Destaque ainda para a IBM que também escolheu o final da semana para divulgar os resultados anuais e do trimestre. A big blue terminou o trimestre com lucros de 5,5 mil milhões de dólares, mais 4% que no período homólogo. Para a totalidade do ano, o lucro apurado é de 15,9 mil milhões de dólares. Cresceu 7% relativamente ao ano passado.



As receitas da empresa fixaram-se nos 29,5 mil milhões no trimestre e ascenderam a 106,9 mil milhões no ano, num crescimento de 2 e 7% respetivamente. "Registámos um forte desempenho no quarto trimestre de 2011, terminando o ano com ganhos recorde em dividendos, faturação, lucro e liquidez", comentou Ginni Rometty, presidente e CEO da IBM.



"Conseguimos resultados excelentes em todas as iniciativas estratégicas para o trimestre e ano, à medida que continuamos a perceber o benefício do nosso investimento de longo prazo em mercados emergentes, em Business Analytics, soluções de Smarter Planet e cloud", acrescentou a responsável.



Nota de redação: A notícia foi atualizada com informação sobre os resultados da IBM.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira