A SAP reúne hoje clientes e parceiros no SAP Innovation Forum Lisboa, onde a empresa quer mostrar as suas novas soluções e a forma como organizou a sua oferta para responder aos novos desafios que as organizações enfrentam, em termos de digitalização dos processos de negócio, e à necessidade de resposta mais rápida às mudanças do mercado.

Na primeira grande “aparição” pública depois de ter assumido a liderança da SAP Portugal em janeiro deste ano, Carlos Lacerda lembra que a transformação está a acontecer de forma aceleradíssima e tem impacto nas empresas e nas organizações, mas também nas pessoas, como cidadãos e profissionais.

Steve Tzikakis, General Manager da SAP, South EMEA, já tinha traçado, na abertura, o novo cenário de um mundo onde tudo é digital. Com a previsão de que em 2020 75 mil milhões de equipamentos estarão ligados em rede através da Internet das Coisas, mais de 2,55 mi milhões de utilizadores estarão nas redes sociais e serão gerados mais de 65 mil milhões de dólares em comércio global através de negócios conectados, a tecnologia tem um papel relevante a desempenhar e a SAP quer ser um facilitador para as empresas.

Carlos Lacerda admite que hoje a tecnologia é ainda um dos fatores de complexidade para as empresas, para além da mudança dos processos e da entrada de novos players digitais, assim como da complexidade dos níveis de tomada de decisão. Mas não tem de ser assim.

“Muitos lembram-se do SAP como um ambiente complexo, mas hoje o SAP é gráfico e o interface é simples”, garantiu o diretor geral da empresa. As aquisições e investimentos em I&D que a empresa tem feito têm sido usados para completar o portfólio de soluções que giram à volta do SAP S/4 Hana, entre os quais a Ariba, Concur e Fieldglass, entre outras, “tudo disponível com interfaces gráficos, interessantes e fáceis de utilizar e personalizar. E disponíveis em qualquer dispositivo”, explica.

Assente na história dos ERP da SAP, que começou em 1972 com o SAP R/1, as soluções da SAP têm hoje no S/4 Hana a principal “estrela”, com a solução a chegar este ano ao mercado depois de várias fases de desenvolvimento que se prolongaram nos últimos quatro anos. “Com o SAP S/4 Hana vamos endereçar novos modelos de negócios, novos processos de negócio e formas como as pessoas tomam decisões. Estas são as principais pontes para os obstáculos que existem na mudança rápida das empresas”, adianta Carlos Lacerda.

Para demonstrar a forma como as soluções estão a evoluir para simplificar a vida das empresas Caros Lacerda fez a demonstração do Digital Bord Room, uma nova solução de interação para os conselhos de administração que permite visualizar de forma rápida a performance da empresa, e traçar cenários futuros.

A experiência dos clientes, contada na primeira pessoa, teve também espaço no SAP Innovation Forum, com os Hotéis Vila Galé, o Grupo Trivalor e o Grupo Sogrape a contarem a sua experiência face aos desafios da digitalização e da aceleração dos modelos de negócio, mas também a forma como as soluções SAP estão a ajudar nessa transformação, sobretudo em processos de internacionalização e no Brasil.

A quantidade de informação processada pela Trivalor, que tem 18 empresas e é lider na área de restauração coletiva, servindo 110 milhões de refeições por ano, e que agora é posta ao serviço da “inteligência” com a capacidade de conhecer melhor os clientes e os seus hábitos de consumo e gostos, é equivalente às necessidades sentidas pela Vila Galé, onde os clientes exigem cada vez mais uma resposta digital dos Hotéis, desde a conetividade aos contactos.

No caso da Sogrape, a adaptação está também a ser feita a um grupo de consumidores cada vez mais informado e interessado no consumo de vinho, mas que já tem um histórico de uma fase onde era inevitável usar SAP. “Era possível viver sem SAP? Se calhar era, mas não era a mesma coisa”, afirmou Luis Martins, do grupo Sogrape.