A taxa de crescimento média anual composta dos gastos no sector industrial entre 2000 e 2005 deverá ser inferior à média de todos os sectores, atingindo os 8,5 por cento. Quem o afirma é a empresa de estudos de mercado IDC que, após ter realizado o estudo "Indústria, Mercado e Tendências de Investimento em TI: 2001-2005" revelou também que, embora 2002 seja um ano de maior optimismo por parte das empresas, a contenção nos gastos em TIS vai manter-se. O próximo ano poderá porém revelar um pequeno aumento no investimento das empresas.



Em Portugal o sector que mais investiu em tecnologias de informação foi o industrial. Representando uma parte considerável do tecido empresarial nacional este sector detém quase 25 por cento do total do volume de negócios criados pelos sectores económicos e mais de 30 por cento dos trabalhadores. Estima-se que em 2001 tenha representado um pouco mais de um quinto dos gastos totais em TIs.



Num momento em que as empresas decidiram gastar um valor em TIs igual ao despendido em 2001, das que possuem ou pretendem implementar um sistema ERM – ou seja, as mais estruturadas e com melhor gestão de recursos – 40 por cento pode vir a diminuir o investimento e custos em TIs.



Outro aspecto revelado por esta análise é que no sector empresarial, apesar da utilização do computador ser uma prática comum a quase todas as empresas, os servidores – na maioria arquitecturas Intel – parecem apenas existir nas firmas com mais de 10 empregados. Todavia a adesão à Internet continua lenta.



Ainda de acordo com os dados divulgados pela IDC, no final do ano passado apenas 40 por cento das indústrias estavam ligadas à Net, 30 por cento estavam presentes através de um site e somente 10 por cento efectuava transacções comerciais online. No que diz respeito aos serviços a sua utilização é proporcional ao tamanho da empresa.



Em relação às aplicações e à sua implementação no sector industrial, com excepção das ERM onde 65 por cento das firmas com mais de 100 funcionários já as utilizam, não existe uma aplicação que seja utilizada por mais de 20 por cento das empresas. Desta forma, só as aplicações de fluxo de trabalho e eCommerce foram adoptadas por 20 por cento das firmas com mais de 500 trabalhadores. As aplicações de DSS e KM não levantam grande interesse por parte dos empresários.



O destaque vai para o sector de Gestão de Operações já que cada vez mais empresas pensam em utilizá-la e onde se incluem a gestão de helpdesk e de redes, a monitorização remota de sistemas e redes, o arquivo de informação de segurança e os serviços de recuperação que podem fazer uma parte dum contrato de outsourcing.



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