A Seiko Epson está disposta a pagar 150 milhões de dólares (cerca de 122 milhões de euros) à Motorola Mobility para pôr termo a um processo civil movido pela fabricante de telemóveis, que acusa a japonesa de fixação artificial dos preços dos ecrãs LCD.

A empresa é uma das envolvidas em múltiplos processos e investigações na Europa e nos Estados Unidos por cartelização e fixação artificial de preços no mercado dos LCDs, uma prática proibida pelas leis destinadas a proteger a livre concorrência.

A proposta da Seiko Epson foi dada a conhecer esta terça-feira, escreve a Reuters, sem adiantar se a Motorola Mobility - agora detida pela Google - pretende ou não aceitar o montante em cima da mesa para optar pela resolução da questão por acordo, evitando que a ação chegue a julgamento.

Ficam também por esclarecer os nomes das restantes marcas envolvidas no caso, sendo que em março de 2010 a Seiko Epson era indiciada num processo movido pela Dell, em que surgia ao lado de marcas como a Toshiba, Sharp, Hitachi e HannStar, sendo as empresas acusadas de definir artificialmente, através de acordos entre si, os preços praticados na venda de ecrãs LCD.

Na altura, a Dell era já a terceira fabricante a pedir indemnizações pelos danos associados à venda a preços acima dos devidos, graças à concertação, mas não faltam outros exemplos de ações semelhantes incluindo marcas como a Chi Mei Optolectronics, Samsung, LG, Philips ou Chunghwa.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes