Mesmo que por várias vezes tenha referido que só aumentaria o preço da OPA por razões extraordinárias e que o preço oferecido já estava acima do real valor da PT, a Sonaecom anunciou ontem à noite a subida da sua proposta para os 10,5 euros. Em carta a justificar o aumento do valor a administração da Sonae chama a esta subida de preço o “preço da paz”.

A OPA registada a 16 de Janeiro termina a 9 de Março e a Sonaecom tinha até 27 de Fevereiro a possibilidade de rever o preço, decidindo agora antecipar essa comunicação. Com a subida do valor por acção a oferta que avaliava a PT em 10,72 mil milhões de euros sobe agora para 11,85 mil milhões de euros.

Em comunicado a Sonaecom diz que o preço fica assim “ fixado de forma definitiva”, admitindo que “a Sonaecom desde já renuncia irrevogavelmente à possibilidade de proceder à sua revisão, para o caso de se entender que essa faculdade lhe assistiria de acordo com as normas legais e regulamentares em vigor”.

Embora reforçando que considera o valor de 9,5 euros inicialmente oferecido como justo e adequado, a Sonaecom alega que no contacto directo mantido com os accionistas verificou que alguns não se encontram realmente disponíveis para vender as suas acções a este valor, explica o documento.

“Esta oportunidade de pacificação foi considerada como muito relevante pela Sonaecom”, continua a carta, sublinhando que a variável do preço “passou a assumir grande preponderância a possibilidade de obter um clima pacífico e tranquilo para uma oferta que, até aqui, foi sempre classificada como hostil, designadamente pela administração da PT SGPS”

O documento adianta ainda que “internamente, aliás, não foi fácil obter o acordo necessário para transpor as fronteiras que previamente haviam sido anunciadas”, mas que esta “é a prova da vontade férrea da Sonaecom de concluir com sucesso a oferta e de cumprir os compromissos assumidos com as autoridades regulatórias, os consumidores e o próprio Estado”.

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