Em período de apresentação de resultados das empresas cotadas em bolsa, a SonaeCom e a Novabase foram duas das companhias cotadas que ontem divulgaram os valores relativos ao terceiro trimestre de 2003. Mostrando uma recuperação continuada, a holding de telecomunicações do grupo Sonae revelou uma redução de prejuízos de 72% para os 14 milhões de euros, enquanto a Novabase mostrou uma forte redução nos lucros resultantes da imputação de gastos extraordinários, indicaram as duas empresas em comunicados publicados no site da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.



Depois de ter apresentado prejuízos de 49 milhões de euros em 2002, a Sonaecom registou uma redução destes valores para 14 milhões de euros, confirmando ainda em comunicado ter atingido o break even do free cash flow neste período. Nos primeiros nove meses do ano a SonaeCom aumentou em 5% o volume de negócios, registando um total de 617 milhões de euros.



De entre as empresas da holding, a Optimus foi a que mais uma vez se destacou pelo volume de negócios e os lucros apresentados, que ascenderam a 17 milhões de euros. Recorde-se que no mesmo período de 2002 a operadora móvel tinha registado prejuízos de 10,5 milhões de euros.


Ao contrário do negócio da rede móvel, a operadora de comunicações fixas da holding mantém resultados negativos. A Novis apresentou nos primeiros três trimestres um prejuízo de 23,9 milhões de euros, o que ainda assim é uma melhoria em relação aos valores do período homólogo de 2002.



Por seu lado o Clix reduziu igualmente os prejuízos mas mantém resultados negativos de 2,3 milhões de euros, sendo ainda de realçar uma quebra de 2% na facturação em relação ao período homólogo. Também mostrando uma recuperação, mas com resultados negativos, o jornal Público apresentou prejuízos de 600 mil euros até final de Setembro de 2003.



Novabase reduz lucros mas recupera volume de negócios


Também ontem comunicados aos investidores, os resultados acumulados da Novabase para os primeiros nove meses de 2003 destacam um crescimento de 30,5 por cento do volume de negócios, que se cifra agora em 96 milhões de euros. Estes são porém contrabalançados por uma quebra de 79,8 por cento dos resultados líquidos para os 800 mil euros devido à imputação de 2,7 milhões de euros de custos extraordinários.



Em comunicado a empresa refere que o crescimento das vendas e prestações de serviço se devem também à aquisição no início de 2003 da Novabase I.I.S., ex- GE Capital IT Solutions, especializada em soluções de segurança informática.



Apesar de uma melhoria de 16,5% no EBITDA, para os 12 milhões de euros, a Novabase indica que esta subida poderia ser mais expressiva se no ano de 2002 tivessem já sido contabilizados os negócios da Novabase IIS. Em comunicado, a direcção da Novabase confirma que esta área de negócios opera com margens mais reduzidas do que a média da empresa, o que faz com que o EBITDA não tenha um crescimento tão expressivo como o volume de negócios.


Ainda a registar é a apresentação pela primeira vez de um EBITDA positivo na Novabase Brasil, o que segundo a empresa reflecte o esforço de racionalização iniciado há cerca de um ano atrás.

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