O BitTorrent vai ser vendido por 140 milhões de dólares à Tron, uma startup do sector dos media que opera com base num sistema de blockchain.

O BitTorrent, que foi um dos serviços pioneiros na escola dos programas digitalizados descentralizados, está à procura de um comprador há já vários meses e anunciou recentemente que reúne ainda cerca de 170 milhões de utilizadores em todos os seus produtos. Num dia comum, a empresa alega que os seus protocolos são utilizados em 40% do tráfego gerado na internet.

A empresa compradora, fundada por Justin Sun, afirma que tem como missão construir "uma internet verdadeiramente descentralizada". A empresa é também a autora de uma criptomoeda conhecida online pela sigla TRX, que deverá servir o mercado online do entretenimento construído dentro da rede que esta organização almeja construir. Cada moeda custa agora 0,045 dólares.

Um dos acionistas da Tron admite que existem dois planos para o BitTorrent. O primeiro passa pela legitimização do negócio da startup, que ainda não goza de grande reputação na indústria e tem enfrentado acusações de ter plagiado algumas das ideias base da FileCoin e da Ethereum; e o segundo consiste na consolidação de uma rede que pode ser utilizada para minar criptomoedas, utilizando a arquitectura P2P do BitTorrent e a extensa base de utilizadores que dispõe.

Note que este sistema é visto como sendo mais seguro do que os concorrentes centralizados, uma vez que não tem qualquer repositório central que possa ser alvo de ataque informático. Neste caso, todos os computadores que utilizam o serviço servem como articulação de um sistema vasto e internacional, que dispersa os conteúdos por vários terminais. No entanto, o serviço é mais conhecido por alimentar a partilha ilegal de ficheiros, servindo plataformas infames como é o caso do The Pirate Bay, uma parte da história que associou alguma má publicidade aos seus serviços.

Apesar de ter uma fonte estável de receitas e de não angariar investimentos há 10 anos, o serviço nunca atingiu o sucesso comercial esperado pelos investidores, o que levou a uma "dança das cadeiras" constante na administração e a uma consequente dispersão nos produtos oferecidos aos consumidores.

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