A subsidiária russa da Google vai declarar falência após as autoridades do país terem apreendido a sua conta bancária, impossibilitando o funcionamento dos seus escritórios. Mesmo assim, a tecnológica pretende manter os seus serviços gratuitos, incluindo o motor de busca e o YouTube, a funcionar no país.
Como avança a Reuters, a subsidiária tem sido pressionada pelo governo de Vladimir Putin ao longo dos últimos meses por não apagar conteúdos considerados como “ilegais” e por limitar o acesso a certos meios de comunicação russos no YouTube.
Em declarações à agência noticiosa, um porta-voz da gigante de Mountain View afirma que, dado à apreensão da conta bancária, a subsidiaria não consegue pagar aos seus funcionários e fornecedores, muito menos cumprir outras obrigações financeiras.
De acordo com uma nota publicada no website do Fedresurs a subsidiária da Google já tinha intenções de declarar falência desde o dia 22 de março, devido à impossibilidade de cumprir as suas obrigações.
De acordo com um porta-voz da empresa, a Google não tem, para já, intenções de bloquear o acesso aos seus serviços gratuitos no país, apesar das várias ameaças e multas por parte do governo russo.
Recorde-se que, em dezembro de 2021, a Rússia condenou a Google a uma multa recorde de 87 milhões de euros, por não remover conteúdo "proibido". Já em abril deste ano, após a invasão russa à Ucrânia, um tribunal russo multou a Alphabet, dona do YouTube e da Google, por causa dos dois serviços alegadamente “disseminarem informação falsa” sobre o conflito.
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