Um estudo hoje apresentado pela IDC e pela BSA - Business Software Alliance indica que a taxa de pirataria global desceu um ponto percentual. O relatório demonstra porém que as perdas da indústria aumentaram, passando de 29 mil milhões de dólares em 2003 para 33 mil milhões de dólares em 2005.




De acordo com o documento, os gastos globais com software legal deverão nos próximos cinco anos ascender a 300 mil milhões, pelo que a IDC conclui que nesse mesmo período o software copiado ilegalmente teria um valor de 200 mil milhões. O estudo considera que a expansão da Internet e dos serviços de banda larga estão entre os principais factores a contribuir para esta evolução, já que tornaram populares serviços como as redes peer-to-peer e outras formas fáceis de partilha de ficheiros.



Robert Holleyman, presidente e CEO da BSA, volta a destacar, em comunicado, a importância de se lutar contra a pirataria. “Estas perdas têm um impacto económico profundo em países de todo o mundo. Cada cópia de software usada sem o apropriado licenciamento tem custos em impostos, empregos e oportunidades de crescimento para o mercado de software”, justifica.


Por regiões, verifica-se que a América Latina, responsável por 66 por cento de todo o software ilegal a circular em 2004, seguindo-se a Europa – que exclui os países da União Europeia – com 61 por cento, a África com 58 por cento e a Ásia Pacifico com 53 por cento. A BSA nota porém que não é só a taxa de pirataria de software que interessa, já que os Estados Unidos, um dos países com menor taxa de pirataria, acumulou as maiores perdas financeiras, 6,6 mil milhões de dólares, devido à eleva da taxa de uso de software naquele país.



Portugal integra o grupo de países com menores índices de pirataria, com uma taxa de 40 por cento. O número é elevado, mas nada que se compare com o líder da tabela, o Vietname, que em 2004 registou uma taxa de pirataria de 92 por cento.



Em termos globais, as vendas de software para PC terão rondado os 59 mil milhões de dólares em 2004, sendo que a base instalada rondava no final do ano os 90 mil milhões de dólares em valor.



Nos 87 países estudados foi possível apurar um crescimento da utilização de software pirata em 34 deles, sendo que em mais de metade o software pirata excedeu os 60 por cento e em 24 excedeu os 75 por cento.



Numa tentativa de sensibilizar os Governos para as questões de protecção da propriedade intelectual os autores do estudo apresentaram uma estimativa, segundo a qual um corte de 10 por cento nas taxas globais de pirataria seria o suficiente para gerar 1,5 milhões de novos empregos.



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