Empresas que faturam milhões num país e que não pagam impostos numa proporção direta têm os dias contados no Reino Unido. O ministro britânico das Finanças, George Osborne, entregou a sua estratégia orçamental e entre as novas regras está a "taxa Google".

A grande novidade é que a taxa entra já em vigor no primeiro dia de abril, estando por isso sensivelmente a duas semanas de causar algumas dores de cabeça às grandes tecnológicas e multinacionais.

O que a nova legislação prevê é uma taxação de 25% sobre os lucros obtidos pelas empresas no Reino Unido e que desviam artificialmente o dinheiro para fora do país - através de paraísos fiscais como a Irlanda, a Holanda ou o Luxemburgo.

"A tolerância deste país para com aqueles que não pagam a sua parte justa das taxas chegou ao fim", disse o político britânico perante o Parlamento, citado pela imprensa internacional.

A taxa só será aplicada a empresas que tenham mais de 250 milhões de libras de receitas e até ao ano de 2017/2018 o governo britânico espera arrecadar justamente 250 milhões de libras com esta nova medida.

Apesar de estar muito associada às grandes tecnológicas como a Google, o Facebook, a Apple ou a Amazon, a verdade é que o imposto também afeta outras grandes multinacionais como a Starbucks e até a própria operadora britânica Vodafone.

Este é o primeiro movimento sério visto na Europa para travar os esquemas financeiros usados pelas empresas para pagarem o mínimo de impostos. Resta agora saber se outros países e com que velocidade vão adotar posições semelhantes, colocando de certa forma em causa a forma como as grandes tecnológicas operam no "velho continente".


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico