As empresas ligadas ao sector das tecnologias e os Estados europeus devem duplicar os seus investimentos em investigação e desenvolvimento (I&D) para poderem competir melhor com os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul.



O apelo foi feito por Neelie Kroes, comissária para a Agenda Digital, durante a apresentação de um estudo conduzido entre 2002 e 2007 pela Comissão Europeia onde se refere que o sector europeu das TIC, embora tenha uma das maiores taxas de investimento da I&D da União Europeia, permanece atrasado face a outras nações.



"Para atingirmos o objectivo de investir três por cento do PIB em I&D, a Europa tem de duplicar os seus gastos públicos na área das TIC até 2020, e criar as melhores condições para o sector privado poder fazer o mesmo", referiu citada pela imprensa internacional.



O estudo indica que o investimento empresarial em I&D é duas vezes e meia maior nos Estados Unidos (83,8 mil milhões de euros) do que na Europa (34,1 mil milhões de euros), e que 50 por cento das patentes de I&D submetidas pelos inventores norte-americanos dizem respeito à área das TIC, comparativamente a 20 por cento na UE.



Há igualmente diferenças no que diz respeito ao financiamento público, já que os Estados-membros reservam uma parcela menor do investimento total em I&D para as TIC do que os Estados Unidos - seis por cento, em comparação a nove por cento nos EUA.



Finlândia, Suécia e Espanha têm os níveis mais elevados de financiamento público das TIC em relação ao PIB, aponta o relatório.



Já a Alemanha, a França e o Reino Unido são aqueles que mais contribuem para a despesa europeia em I&D, contabilizam juntos perto de metade do investimento em toda a UE.