
Segundo o relatório, Portugal demonstra um “elevado nível de ambição” nas suas contribuições para a Década Digital, tendo estabelecido 12 objetivos nacionais, 92% dos quais se alinham com as metas da UE para 2030. O país registou progresso em todos os indicadores analisados, com as suas redes digitais a cobrirem quase todo o território.
O progresso feito nos serviços públicos digitais, tanto para os cidadãos como para as empresas, é uma das áreas realçadas pela Comissão Europeia, que aponta, em particular, para a implementação de soluções como a app Gov.pt e para o crescimento no acesso aos registos de saúde eletrónicos.

Embora 71% dos portugueses considerem que a digitalização facilita as suas vidas, as desigualdades nas competências digitais continuam a marcar o panorama, sobretudo entre os idosos e pessoas com níveis de escolaridade mais baixos.
Por outro lado, a percentagem de especialistas em TIC aumentou em Portugal, com destaque para a participação feminina, se bem que as competências digitais avançadas ainda não desempenham um papel tão relevante quanto seria esperado na estratégia nacional, aponta o relatório.
A “intensidade digital” das pequenas e médias empresas (PME) portuguesas está ligeiramente acima da média europeia, porém, a adoção de IA continua limitada. Segundo o executivo comunitário, faltam também apoios para melhorar a escalabilidade das startups, uma vez que o acesso a financiamento durante as fases cruciais do seu crescimento continua a ser um desafio.
Na conectividade, o relatório afirma que Portugal têm uma infraestrutura robusta, tendo feito progresso nos vários indicadores e contando com uma cobertura quase total no que respeita a redes 5G. No entanto, a adesão a serviços móveis e de banda larga continua abaixo da média europeia, tal como a atribuição de espectro nas faixas pioneiras do 5G.
Embora a sensibilização para a cibersegurança tenha vindo a aumentar, a Comissão Europeia realça que Diretiva NIS2 ainda está em processo de transposição para a legislação nacional.
Entre as recomendações do executivo comunitário destaca-se um maior apoio à adoção de IA por parte das empresas através da implementação de medidas que promovam um ambiente propício à inovação, assim como uma maior colaboração entre o sector público, sector privado e o meio académico. Para o ecossistema de inovação, Bruxelas recomenda melhorias no acesso ao financiamento, além de apoios à investigação e desenvolvimento.
É também recomendada a avaliação das medidas já implementadas no que toca às competências digitais de modo a identificar novas formas de mitigar o “fosso digital” existente, assim como a implementação de medidas que permitam atrair mais especialistas em TIC para dar resposta à escassez de talento.
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