Apesar da maior base instalada actual de assinantes de serviços de televisão digital nos Estados Unidos, que no final de 2003 se cifravam em 45 milhões, o mercado Europeu deverá ter nos próximos anos um crescimento significativo, ultrapassando em 2006 os 63 milhões de subscritores, indica um estudo da Datamonitor.

A empresa de análise de mercado estima que a actual tendência de adopção dos serviços digitais se vai manter durante esta década, o que permitirá chegar a 2008 com uma transição dos lares para a televisão digital nos 59 por cento. Nessa data a expectativa da Datamonitor é de que os Estados Unidos não tenham ultrapassado os 52 por cento, com cerca de 60 milhões de lares a usar a nova tecnologia de televisão.

A migração progressiva da televisão analógica para digital tem vindo a ser planeada na Europa, com a Comissão Europeia a definir calendários para o novo sistema que pretende mudar a forma como vemos televisão, oferecendo mais canais e interactividade. Circunstâncias várias levaram ao atraso da criação das redes e início das emissões em muitos países, entre os quais Portugal onde uma licença foi emitida e depois retirada à PTDP.

O Reino Unido é já um caso de sucesso da tecnologia na Europa, sendo um dos países do mundo com maior penetração de lares com televisão digital. No final de 2003 mais de 50 por cento das casas no Reino Unido já recebiam serviços digitais. No entanto a Datamonitor espera um crescimento significativo na Alemanha, que irá liderar em número de utilizadores em 2008, com mais de 21 milhões, seguido pelo Reino Unido com 20,6 milhões, a França e a Itália com 12 e 11,7 milhões, respectivamente.

No estudo é ainda referido que os operadores de cabo, satélite e TV terrestre vão tentar diferenciar os serviços através da tecnologia, com a HDTV (high definition TV), video-on-demand e gravadores de vídeo pessoais (PVRs) a tornarem-se os principais atractivos nos Estados Unidos. Já na Europa os operadores não devem ficar-se no video-on-demand por falta de investimento em novos equipamentos, piores condições de infra-estrutura de rede e os preços elevados dos terminais de clientes.

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