O relatório Travel Goes Mobile, do The Boston Consulting Group (BCG), elaborado em conjunto com o Facebook, refere que a maioria das empresas do sector do turismo converteu menos de 20% dos utilizadores de computadores para utilização em mobile-app e nenhuma aplicação foi capaz de se diferenciar como o recurso indispensável em mais de 2% dos smartphones.

Isto quando atualmente 95% das pessoas que viajam utilizam ferramentas digitais ao longo do seu percurso. “O cliente médio visita ou utiliza uma combinação de 19 sites e aplicações para o telemóvel durante uma viagem e muitos utilizam ainda ferramentas web para partilhar a sua experiência durante a viagem”, indica o BCG.

O estudo destaca que as aplicações geram informação relacionada com a utilização, a pesquisa, o tempo de utilização, a localização geográfica, o perfil de consumo, as preferências, os amigos e muito outro tipo de informação.

"Quanto mais as empresas associadas ao setor do turismo envolverem os seus consumidores através de dispositivos móveis, maior será o acesso a informação da qual podem recorrer para personalizar mensagens e a própria experiência do cliente com a aplicação. É uma dupla vantagem: para o consumidor e para as empresas", afirma José Ferreira, líder de projeto da BCG responsável pela área de IT.

As estimativas do número médio de aplicações instaladas num smartphone varia, dependendo de quem faz essa contagem, mas vão desde 25 a cerca de 40. Até agora, apenas algumas aplicações de empresas do setor são usadas de forma significativa por uma percentagem de consumidores.

Além de a maioria das empresas do setor do turismo terem convertido menos de 20% dos utilizadores de computadores para utilização em mobile-app, refere o estudo.

Para o BCG, as empresas do setor do turismo precisam de redesenhar as aplicações com funcionalidades que os consumidores valorizam e que outras empresas não conseguem oferecer, e ainda garantir que a aplicação é de fácil instalação e interação. “Personalizar a experiência de cada consumidor é a grande oportunidade e o desafio das empresas do setor das viagens e do turismo”.

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