Dentro de quatro anos o valor de pagamentos feitos através de carteiras virtuais associadas ao telemóvel vai ascender aos 45 mil milhões de euros na Europa, numa taxa de crescimento anual que deve rondar os 275%. A evolução significativa não corresponde no entanto a uma forma generalizada de pagamento já que este tipo de transações apenas vai corresponder a 1,6% do valor de compras realizadas com cartões de débito ou crédito.

Os valores referenciados numa nota de imprensa enviada às redações pela consultora Berg Insight, dão ainda conta de que em 2012 o total de compras feitas através de sistema de pagamentos móveis foi apenas de cem milhões de euros.

O número de projetos crescentes que têm aparecido um pouco por todo o mundo, e na maior parte das vezes ligadas a operadoras de telecomunicações - em Portugal a TMN tem em desenvolvimento um projeto semelhante, além do MobiPag -, vai fazer com que no final de 2013 metade dos países da União Europeia tenha a funcionar comercialmente um sistema de pagamentos que aceita transações de carteiras virtuais.

Bancos e cadeias de retalho são outras entidades que têm apostado neste tipo de tecnologia.

Em 2017 o mercado europeu vai estar mais forte que o congénere norte-americano a nível de pagamentos através do telemóvel, que vai fixar-se nos 35 mil milhões de dólares do outro lado do Atlântico. Caso a estimativa se confirme, dá-se uma reviravolta no mercado "líder" já que atualmente são os EUA quem dominam nas carteiras virtuais e nos pagamentos móveis.

Um analista da Berg Insight, Lars Kurkinen, considera importante assegurar a dianteira do mercado para que nos anos seguintes a Europa seja o principal polo de desenvolvimento e atração de novas soluções e ferramentas de pagamento online.

A Berg Insight considera ainda que mais importante do que os próprios pagamentos, é o desenvolvimento de uma rede de infraestruturas que garantam um desenvolvimento sustentado da tecnologia em algumas regiões do mundo.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico