O negócio mais que provável da venda da PT Portugal aos franceses da Altice tem nos últimos dias sofrido algumas pressões. Não por via direta, mas por via da fusão da PT SGPS com a brasileira Oi.



Isto porque o antigo presidente executivo da operadora portuguesa, Henrique Granadeiro, veio defender publicamente a anulação da fusão – e de acordo com o Jornal de Negócios a Oi vai responder com um processo. A imprensa nacional também dá conta de uma posição semelhante por parte do presidente da Assembleia Geral de acionistas da PT SGPS, Menezes Cordeiro, que também será um defensor do cancelamento do negócio.



O presidente da AG terá mesmo defendido que a próxima reunião não se realizasse no dia 22, mas um pouco mais tarde e com o ponto de trabalho a ser “a resolução do contrato concluído com a Oi por incumprimento grave levado a cabo por esta”, escreve o Jornal de Notícias.



Ainda esta semana também tinham surgido relatos de que Menezes Cordeiro tinha pedido um parecer ao Novo Banco para que os acionistas ficassem a perceber os custos da anulação do negócio com a brasileira Oi.



Mas este é apenas um lado da corda. Durante a noite de ontem a administração da PT SGPS emitiu um comunicado onde considera que voltar atrás na fusão com a Oi iria conduzir "as partes a um litígio, de duração imprevisível" e que teria como resultado final a “destruição de valor".



Os administradores ilibam ainda a Oi de uma possível pressão do negócio com a Altice ao dizerem que a responsabilidade da venda da PT Portugal aos franceses não pode ser atribuída à operadora brasileira. Nem a título judicial ou extrajudicial.



Os executivos reconhecem no entanto que a venda da PT Portugal é uma alteração relevante aos princípios do acordo feito pelas duas empresas olhando para o plano inicial do processo de fusão.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico