Divulgados hoje antes da abertura dos mercados, os resultados da Vodafone Telecel indicam um crescimento de 14,3 por cento no EBITA para o primeiro semestre de 2002, face ao período homólogo. Nos primeiros seis meses do ano, que para a empresa de comunicações móveis terminam a 30 de Setembro de 2002, a Vodafone Telecel anunciou um lucro depois de imposto, não auditado, de 55,2 milhões de euros ou 0,26 euros por acção.



AS receitas totais operacionais da empresa liderada por António Carrapatoso aumentaram 3,2 por cento neste semestre, atingindo os 529,2 milhões de euros, enquanto as receitas de serviços se cifraram em 494,7 milhões de euros, crescendo 3,5 por cento face ao período homólogo.



As receitas dos serviços celulares, compostas por receitas de serviços facturados a clientes, atingiram os 312,8 milhões de euros, crescendo 7,8 por cento, falando a operadora em "valores recorde" em comunicado enviado à imprensa. Já as receitas de serviços facturados a operadores caíram 6,2 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, cifrando-se nos 168,5 milhões de euros. De acordo com a empresa, este decréscimo está relacionado com a redução das tarifas de interligação fixo-móvel e móvel-móvel impostas pela Anacom.



O número de clientes da Vodafone Telecel era de 2.976.763 a 30 de Setembro de 2002, tendo sido angariados 138.748 clientes durante este semestre. Os clientes de serviços pré-pagos continuam a ser a maioria dos novos aderentes da Vodafone Telecel, representando actualmente 73 por cento da base de clientes da operadora. Curiosamente esta percentagem foi reduzida em relação ao período homólogo, quando os clientes pré-pagos representavam 75 por cento da base de utilizadores.



Seguindo uma tendência já identificada a nível geral, também a receita média mensal por cliente registado (ARPU) da Vodafone Telecel diminuiu em 9,3 por cento em relação ao primeiro semestre de 2001. O valor do ARPU situa-se agora nos 27,59 euros por mês. De acordo com o comunicado da empresa "a redução do ARPU relacionado com as receitas de serviços celulares a clientes resulta de alterações verificadas no perfil de tráfego, devido a um número superior de chamadas realizadas dentro da própria rede, que têm um preço inferior, da optimização dos planos tarifários levada a cabo pelos clientes, e também de algumas reduções tarifárias".



Ao contrário do ARPU, que diminuiu, o tráfego da rede Vodafone Telecel cresceu 10,5 por cento no primeiro semestre fiscal de 2002 em termos de minutos de entrada e de saída. Os clientes registados tiveram uma utilização média mensal de 137 minutos, o que representa uma quebra em relação ao período homólogo de 2001.



Quanto às receitas de dados na rede móvel, a Vodafone Telecel registou 29,8 milhões de euros no primeiro semestre fiscal de 2002, num crescimento de 23,7 por cento em relação a 2001. O SMS, acesso móvel à Internet, dados e fax representam actualmente 6,2 por cento das receitas de serviços celulares, uma situação que a empresa pretende alterar com o recente lançamento do serviço Vodafone live! que funciona sobre GPRS.



Ainda ontem a Vodafone internacional apresentou os seus resultados financeiros, tendo sido também confirmado um aumento da posição accionista na Vodafone Telecel para 61,4 por cento.

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