Tal como a Portugal Telecom, a Vodafone fez chegar à Autoridade da Concorrência a sua apreciação sobre a fusão da Sonaecom com a Tele2. Na qualidade de contra-interessada a operadora diz que se opõe à "decisão projectada por esta Autoridade de não oposição sem condições" à operação de concentração entre a Sonaecom e a Tele2.

Em comunicado a Vodafone refere que considera existirem "fundamentos factuais e legais" para condicionar a aprovação do negócio à "imposição de certos compromissos", já que desta fusão "podem resultar entraves significativos à concorrência efectiva no mercado nacional de acesso à Internet em banda larga, com prejuízos para os consumidores e para o desenvolvimento deste mercado essencial para a Sociedade de Informação".

A operadora quer que seja imposta à Sonaecom a obrigação de libertar, no espaço de 15 dias, o espaço ocupado em triplicado nas centrais da PT Comunicações, considerando a fusão com a Tele2 e a aquisição dos activos da Oni. No documento sublinha-se que este é um recurso escasso e uma infra-estrutura essencial à prestação de serviços de acesso directo em banda larga sobre lacetes locais pelas empresas concorrentes.

Com a junção do negócio das duas empresas a Vodafone afirma que a Sonaecom "ficará a ocupar desnecessariamente um espaço naquelas centrais correspondente ao espaço que é actualmente ocupado por dois ou três operadores (tendo em conta a anunciada compra dos activos da ONI) o que é manifestamente desproporcionado e condicionador do acesso de outros operadores àquela infra-estrutura essencial".

A Vodafone utiliza ainda no documento os argumentos da Anacom que terá referido num parecer emitido a pedido da Autoridade da Concorrência sobre a operação que deveria ser salvaguardado que este não conduzisse a "acções inibidoras da concorrência a nível do recurso escasso que é o espaço em centrais da PT Comunicações para efeitos de co-instalação".

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