À medida que rivais como a Fiat Chrysler e a Renault procuram fusões para se manterem rentáveis, a Volkswagen está a pôr em prática uma abordagem diferente. A gigante da indústria automóvel quer investir 7 mil milhões de euros no desenvolvimento tecnológico dos seus carros elétricos e autónomos, avança a Bloomberg.
Em julho deste ano, a fabricante alemã deu a conhecer ao mundo a sua estratégia de expansão a nível de software e de investimentos digitais. Até 2025, a Volkswagen planeia renuir cerca de 5.000 especialistas para desenvolver o projeto Car.Software, uma plataforma de software uniforme e compatível com todos os modelos automóveis dos 12 grupos da marca.
Composto pelo vw.os, um sistema operativo automóvel, e pelo Volkswagen Automotive Cloud, um serviço de armazenamento “na nuvem” desenvolvido em parceria com a Microsoft, o projeto Car.Software prevê uma passagem do atual nível de desenvolvimento tecnológico de 10% para 60%.
De acordo com Christian Senger, responsável pela divisão de serviços automóveis digitais da Volkswagen, a fabricante alemã produz atualmente mais de 10 milhões de carros por ano, os quais funcionam tendo por base oito arquiteturas eletrónicas diferentes. Em entrevista ao website Ars Technica, Senger declarou que, no que toca a software, não existe necessidade para esta diferenciação, fazendo uma referência à situação contrastante do sistema operativo Android, o qual é utilizado tanto por smartphones de luxo, como por modelos mais em conta.
De acordo com os planos da empresa, até 2025, todos os veículos produzidos vão executar o Car.Software. Entretanto, a Volkswagen já desenvolveu o seu primeiro automóvel com esta nova plataforma de software. Apresentado oficialmente durante o Salão Automóvel de Frankfurt, neste mês, o ID.3 começará a ser produzido a partir de novembro deste ano.
No entanto, até lá, as mudanças planeadas pela gigante da indústria automóvel vêm também acompanhadas de uma medida posta em prática desde 2016: o corte de cerca de 300.000 funcionários a nível internacional. Segundo a Bloomberg, após ter despedido 6.900 trabalhadores, a empresa contratou mais 3.400, desta vez para áreas como o desenvolvimento de software.
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