Em agosto de 2013 a Wiko anunciava na IFA - uma das maiores feiras de eletrónica de consumo - a sua expansão para Portugal. Dois anos depois, a marca francesa de origem chinesa já vendeu mais de 400 mil smartphones no mercado português. O número foi partilhado pelo diretor-geral, Manuel Ferreira, em conferência de imprensa.

“O factor preço foi determinante no lançamento da Wiko e ainda hoje é uma mais valia”, garantiu o responsável da marca. “A Wiko está para os telemóveis como as calças de ganga estão para a moda", atreveu-se a dizer o responsável.

A afirmação tem por base não só as vendas que a empresa tem conseguido no mercado português, como a segunda posição consolidada no segmento dos smartphones livres de operador. Nos últimos 18 meses, o segundo lugar foi sempre da Wiko, sem exceção.

A Samsung ocupa a primeira posição deste mercado e para Manuel Ferreira os objetivos da Wiko passam por “consolidar a segunda posição à medida que se vai construindo marca”. “Tivemos um crescimento muito grande”, concluiu.

Mas agora que o crescimento não é tão desenfreado como foi nos primeiros meses da marca em Portugal, a Wiko pode trabalhar noutras estratégias. E uma das novidades partilhadas hoje, 20 de outubro, é a de que até ao final do ano a marca vai ter equipamentos nos operadores de telecomunicações.

“Em 2014 decidimos não entrar nos operadores. Toda a dedicação era pouca para garantir o crescimento sustentável que existia no mercado livre. Agora estamos a falar com os operadores e até ao final do ano teremos novidades da wiko dentro dos operadores de telecomunicações”, garantiu Manuel Ferreira.

Wiko não vacila
O mercado dos smartphones de gama média em Portugal intensificou-se nos últimos trimestres. Além da Wiko, a BQ também tem apresentado uma estratégia interessante, a Sony continua a ter bastante força neste segmento, a Huawei também está a marcar posição e no último ano a Motorola e a Asus ainda vieram reclamar a sua ‘quota parte’.

O diretor geral da Wiko Portugal descartou a ideia de que tanta concorrência tenha tido um impacto negativo na atividade da marca. E os resultados estão à vista - e cada vez mais reforçados, agora com três novos smartphones.

A título de curiosidade, Manuel Ferreira partilhou com o TeK que o Wiko Ridge e o Wiko Lenny foram os modelos que melhor venderam junto dos portugueses.

Rui da Rocha Ferreira