O negócio foi hoje anunciado, com a Xerox a comprar a Lexmark que era detida por investidores chineses, nomeadamente a Ninestar Corporation e a PAG Asia Capital. A compra deverá estar concluída no segundo semestre de 2025 e foi avaliada em 1,5 mil milhões de dólares, incluindo os passivos registados.

Em comunicado, a Xerox realça que a aquisição vem reforçar a sua oferta de impressão e "construir um negócio global de impressão e serviços de gestão de impressão, ainda mais robusto e preparador para satisfazer as crescentes necessidades dos clientes, onde os locais de trabalho são cada vez mais híbridos".

Steve Bandrowczak, CEO da Xerox, destaca que “ao combinarmos as nossas capacidades, estaremos a reforçar a nossa reinvenção e a tornarmo-nos mais bem preparados para impulsionar o crescimento sustentável a longo prazo e servir os nossos clientes em todos os mercados", adiantando que "a aquisição da Lexmark reunirá duas empresas líderes do setor com valores partilhados, forças complementares e um profundo compromisso com o avanço da indústria da impressão para criar uma organização mais forte”.

A Lexmark International é uma empresa norte americana, com sede no Kentucky, mas em 2016 foi comprada por um consórcio internacional, a Apex Technology, PAG Asia Capital e a Legend Capital. A companhia foi criada em 1991 quando a Clayton & Dubilier comprou o negócio de impressão e teclados à IBM.

Segundo os dados partilhados, o negócio combinado da Lexmark e da Xerox vai garantir a presença no Top 5 em todos os segmentos de impressão, do mercado de entrada à gama média, mas também na impressão de alto desempenho, reforçando a liderança no mercado de serviços de gestão de impressão (MPS).

Ao todo, a nova empresa vai servir mais de 200 mil clientes em 170 países, com 125 instalações de fabrico, distribuídas por 16 países.

O Conselho de Administração da Xerox confirmou uma mudança da política de dividendos na sequência da compra, reduzindo o dividendo anual da Xerox de 1 dólar por ação para 50 cêntimos por ação.

A aquisição ainda está sujeita a aprovação regulatória e dos acionistas da Ninestar, sendo a expectativa que esteja concluída no segundo semestre de 2025. Por enquanto a Xerox e a Lexmark vão manter as operações atuais e o negócio de forma independente, não tendo sido partilhado se depois as marcas se mantêm e se haverá alterações no quadro de colaboradores.