
(Atualizada) A consolidação no sector das telecomunicações é um cenário inevitável, só não sabemos é quando, defendeu hoje Martinho Tojo, diretor executivo da
Cabovisão, na sua intervenção no painel do Estado da Nação que encerra o Congresso da APDC.
O executivo foi confrontado com as notícias que ontem surgiram de que a empresa estará à procura de comprador, mas garante que os seus
planos não contemplam essa hipótese, nem cenários fictícios e virtuais de consolidação, apesar de esta ser uma questão que os acionistas
da Cabovisão têm constantemente em cima da mesa.
“A consolidação é inevitável, por outro lado este é um sector que ainda está em expansão e normalmente a consolidação faz-se em mercados maduros”,
acrescenta Martinho Tojo. Mesmo assim admite que para um operador pequeno é difícil sustentar os níveis de investimento que são necessários neste
mercado.
Sem falar especificamente sobre consolidação, Miguel Almeida, da Optimus, pôs em causa a sustentabilidade das redes, mesmo no mercado móvel, lembrando que
todas as redes se podem desmoronar se os operadores não tiverem dinheiro para investir.
Xavier Martin, CEO da Oni, voltou também ao tema da consolidação, mas para dizer que não acredita em consolidação de empresas, e sim em mudança de
propriedade. “É difícil consolidar e o que temos visto até agora tem sido a mudança de propriedade”, afirma, exemplificando com os exemplos mais
recentes de aquisição de operadores, como a Tele2.
O CEO da Oni admite que mais do que consolidar é preciso transformar e para isso é preciso fundos, pelo que não vê um operador português a comprar outro
operador português.
Um dos cenários de fusão que tem vindo a ser avançado no mercado português é o da Zon com a Sonaecom, e Rodrigo Costa, CEO da operadora de cabo, não fugiu à
questão, lembrando que já se fala dessa fusão há quatro anos e que as duas empresas ainda continuam a ocupar 2 slots no Estado da Nação, porque os acionistas não encontraram uma base comum para o negócio.
“A consolidação não é sinónimo de expansão em termos de recursos humanos (…). Somos gestores e as preocupações são sobretudo com a rentabilidade mas
sabemos como resultam as fusões e consolidações, já passámos por algumas”, refere Rodrigo Costa que sublinha porém que é importante não antecipar
cenários.
Já à margem do debate, Miguel Almeida, da Optimus, e Zeinal Bava, da PT, viriam a reforçar a ideia de que o crescimento das empresas que lideram se faz por via orgânica, em contraposição a cenários de fusão e aquisição de outras empresas, como a Cabovisão, conforme questionavam os jornalistas.
Escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico
Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação.
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