A velocidade média de download das redes 5G a nível global registou um aumento de 20% no terceiro trimestre de 2023, para 203.04 Mbps. Por comparação, a velocidade média de download no período homólogo em 2022 era de 168.27 Mbps, indicam dados do mais recente relatório de conectividade global da Ookla.

No que toca à velocidade de upload e latência, o relatório indica que, no terceiro trimestre do ano passado, houve um aumento de apenas 1%, para 18.93 Mbps e 44 ms, respetivamente.

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Durante o período em análise, os Emirados Árabes Unidos e a Coreia do Sul destacaram-se entre as regiões com velocidades médias de download mais elevadas, com 592.01 Mbps e 507.59 Mbps, respetivamente. No Top 10 incluem-se Malásia, Qatar, Brasil, República Dominicana, Kuwait, Macau, Singapura e Índia.

A Ookla avança que, apesar das melhorias registadas, as velocidades ainda não atingiram níveis Gigabit. No entanto, a indústria está a explorar ativamente o desenvolvimento do 5G Advanced, que promete um desempenho superior, em preparação para a eventual transição para o 6G.

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As avaliações deixadas pelos utilizadores do SpeedTest da Ookla mostram também que há espaço para mais melhorias. O relatório explica que houve uma queda no indicador Net Promoter Score (NPS), que mede a satisfação dos utilizadores em relação às empresas fornecedoras de acesso à Internet (ISP, na sigla em inglês).

O NPS das redes 5G ultrapassa o das redes 45, mas os dados da Ookla indicam que, no caso das redes móveis de quinta geração, o indicador tem vindo a cair anualmente.

Os especialistas afirmam que é difícil encontrar motivos que expliquem a totalidade deste fenómeno. Por um lado, o entusiasmo entre os utilizadores parece estar a diminuir. Por outro, o desempenho das redes é outro dos fatores a jogo, assim como os preços e serviços oferecidos pelas ISP aos clientes.

O relatório dá também a conhecer que o desempenho das redes fixas à escala global melhorou, com um aumento de 19% na velocidade média de download, para 83.95 Mbps, e de 28% na velocidade média de upload, para 38.32 Mbps. Segundo a Ookla, a subida mostra o resultado da transição para tecnologias de banda larga mais avançadas, sobretudo no que toca à fibra (FTTH).

Tem sido feito progresso na conectividade a nível global, mas, como realçam os especialistas, ainda existem zonas do mundo que estão fora da cobertura das redes e onde há uma grande dificuldade em aceder à Internet, em particular em África e na América do Sul.