Aposta da Administração Interna nas TIC abrange eleições e também tem IA

A atualização do SIRESP e da rede 112, a aquisição e operacionalização de bodycams para as forças de segurança e a modernização do sistema eleitoral vão concentrar os investimentos do MAI em tecnologia. A inteligência artificial vai ser usada nos serviços de emergência, proteção civil incluída.

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Há 252 milhões de euros para aplicar até 2026 na Administração Interna e as Tecnologias de Informação e Comunicação vão concentrar grande parte do valor de investimento.

A modernização do sistema eleitoral foi um dos projetos destacados pelo ministro da Administração Interna, esta terça-feira, durante a conferência MAI TECH.

Com a medida, vai ser possível votar em qualquer mesa nas eleições europeias do próximo ano e sem necessidade de inscrição prévia, mesmo que os eleitores se encontrem a quilómetros de distância do concelho onde residem e onde estão recenseados.

A mobilidade permitida pela desmaterialização dos cadernos eleitorais também abrange os portugueses no estrangeiro. A nova aplicação informática sincronizará, em tempo real, as votações feitas nas 13.700 mesas, impedindo que o mesmo cidadão possa votar mais do que uma vez, avançou o Jornal de Notícias, em antecipação à conferência.

José Luís Carneiro destacou igualmente o esforço financeiro dedicado à modernização dos centros operacionais do 112, que passa, nomeadamente, pela possibilidade de georreferenciação das chamadas, mitigando os efeitos das falsas chamadas para o sistema, pela interoperabilidade com os correspondentes serviços de emergência europeus e pela maior inclusão, já que supõe a melhoria dos sistemas de comunicação para os cidadãos surdos.

Previsto para entrar em funcionamento em janeiro de 2025, o “novo 112” também vai passar a ser auxiliado por um assistente virtual, baseado em inteligência artificial. O bot de voz atuará apenas nos momentos de sobrecarga do serviço telefónico, de acordo com o Jornal de Notícias, que cita fonte do MAI.

A proteção civil foi outras das áreas mencionadas pelo ministro da Administração Interna na sessão de abertura da conferência, que sublinhou o recurso à videovigilância e de antevisão de ameaças e de risco com a utilização da IA, para gerar alarmes de prevenção e deteção de incêndios florestais, e que também vai passar a ser usado pelas forças de segurança.

A atualização do SIRESP e o processo de aquisição e operacionalização de bodycams para as forças de segurança foram igualmente projetos apontados.