No final do ano existiam no país 3,8 milhões de utilizadores de serviços de banda larga móvel. O número representa um crescimento de 59 por cento face ao final de 2008 e distancia o total de ligações móveis das ligações suportadas em tecnologias de acesso fixo.



Em Dezembro de 2009 atingiam 1,9 milhões os acessos fixos à Internet, dos quais 1,87 milhões eram ligações em banda larga. Face a Dezembro do ano anterior, o número de utilizadores de serviços fixos de Internet de banda larga também aumentou, mas em menor escala, fixando-se nos 14,1 por cento, deixando ao segmento móvel as taxas de crescimento mais expressivas.



Nos números hoje divulgados pelo regulador sectorial é ainda possível perceber que diminuiu o número de acessos não activos na base de subscritores de banda larga móvel. Revela a Anacom que 2,17 milhões de subscritores deste tipo de serviço usava-os no período em análise, mais 9 por cento que no trimestre anterior e mais 87 por cento que no mesmo período do ano passado.



No próximo ano os números podem no entanto ser diferentes e o fixo ganhar novo fôlego, graças à expansão de novas tecnologias. No final do ano, ADSL (57%) e cabo (40,2%) dominavam, enquanto tecnologias fixas de acesso à banda larga, mas ganham relevo novas formas de acesso, como a fibra.


A tecnologia está inserida na categoria "outros" onde são contabilizados circuitos alugados, ligações FWA e fibra óptica e que já soma 3 por cento do mercado total, com um crescimento de 40 por cento acumulado, sobretudo devido ao aumento expressivo da fibra, que em 2009 somou 30 mil clientes, a esmagadora maioria (95%) residenciais.


Em termos globais, o mercado português da banda larga fixa gerou no ano passado receitas de 426,5 milhões de euros, a que se somam mais 139 milhões de euros oriundos de pacotes onde a componente Internet não é individualizável.



A banda larga móvel gerou receitas de 326 milhões de euros, mais 24 por cento que no mesmo período do ano passado.


Na liderança do mercado de acesso à Internet, que já cobre 35,7 por cento dos portugueses no que toca aos serviços móveis e 17,6 por cento relativamente aos serviços de acesso fixo, continua a PT - com uma quota de 44,5 por cento -, seguida da Zon, que terminou o ano a controlar 32,2 por cento do mercado.