Oferecendo soluções de ligação de "última milha", o WiMAX quando combinado com a tecnologia Wi-Fi oferece um potencial enorme a nível de ligação à Internet em mercados emergentes como a China, Índia e América Latina, podendo trazer para a Sociedade da Informação mais cinco mil milhões de utilizadores, defendeu ontem Sean Maloney, vice presidente executivo da Intel e director geral do Grupo de Comunicações da empresa de semicondutores.



Este responsável falava durante o simpósio anual da Wireless Communications Association, em San José na Califórnia, onde apresentou o plano de desenvolvimento das tecnologias wireless da Intel, reforçando o empenho que a empresa tem mostrado na redução do preço e na disponibilização em massa de produtos e serviços nesta área.



A tecbologia WiMAX (ou WMAN), baseada no protocolo 802.16, tem vindo a ser apresentada pela Intel como a solução de complemento ideal às soluções de wireless local area networking (WLAN), que integram o Wi-Fi. O WiMAX tem a possibilidade de ligar os hotspots de curto alcance a redes Internet, garantindo a solução de ultima milha em banda larga e substituindo a ligação dos pontos de acesso Wi-Fi através de fibra óptica ou linhas de alta capacidade quando estas não existam.


Segundo a Intel, esta solução é mais barata do que a criação de infra-estruturas fixas, o que a torna ideal em zonas onde as redes de comunicações fixas estejam pouco desenvolvidas e não consigam fornecer um backbone eficiente para ligar pequenas redes wireless que funcionem com a tecnologia Wi-Fi.



"Os sistemas WiMAX certificados vão garantir a base necessária para ligar os próximos cinco mil milhões de utilizadores à Internet e verdadeiramente conduzir à revolução da banda larga sem fios", afirma Sean Maloney, em comunicado à imprensa.



Este responsável explicou ainda que a Intel prevê um desenvolvimento da tecnologia WiMAX em três fases, devendo iniciar-se com a instalação de antenas em ambientes abertos e evoluindo rapidamente para mercados emergentes, acelerando a instalação de serviços de banda larga sem a necessidade de instalação de cabos. Dai a tecnologia deverá evoluir para o interior dos edifícios, aumentando o seu interesse para operadores que queiram simplificar a instalação nas casas ou escritórios dos utilizadores. Finalmente numa terceira fase o hardware certificado WiMAX deverá estar disponível em soluções portáteis para utilizadores que queiram movimentar-se entre diferentes zonas de serviço.


A Intel está a trabalhar em chips para redes WLAN e hardware 802.16 WMAN, interoperável, mas também na produção de chips baseados na norma 802.16, certificada pelo WiMAX Forum, que deverão ser utilizados num crescente número de fabricantes de equipamentos wireless e fornecedores de serviços. Entre as empresas que estão a trabalhar com a Intel nesta área contam-se a Airspan Networks, Alvarion, Aperto Networks e a Redline, sendo indicado ainda que a Siemens Mobile e a Proxim estão a negociar formas de colaboração sobre a tecnologia WiMAX.



Os primeiros chips 802.16 da Intel deverão ser apresentados durante o segundo semestre deste ano.

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