O secretário de Estado belga da digitalização confirmou que o país já pediu às entidades competentes do país para reavaliarem os riscos para a saúde do iPhone 12 e admite que o país possa seguir França, na decisão de suspender temporariamente as vendas do equipamento.
“É meu dever assegurar-me que todos os cidadãos estão seguros”, referiu Mathieu Michel em declarações à Reuters, para explicar o pedido feito ao regulador belga para analisar o dispositivo da Apple, assim que se soube da decisão francesa. O pedido foi aliás estendido a outros modelos, para que seja feita uma avaliação mais abrangente das condições de segurança dos equipamentos móveis comercializados no país, confirmou o responsável.
O regulador alemão também já comentou o assunto, considerando que o trabalho feito em França pode servir de referência a toda a Europa e admitindo que o país analisará o tema, se as conclusões alcançadas em França se revelarem sólidas. Em Itália, o caso está também a ser acompanhado, ainda segundo a Reuters, mas sem medidas previstas, pelo menos por enquanto. Em Portugal, o SAPO TeK contactou a ANACOM, que ainda não comentou o assunto.
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A Apple entretanto já reagiu à decisão francesa, assegurando que o iPhone 12 é certificado por vários organismos internacionais e está em linhas com todas as normas internacionais e dentro dos níveis de radiação permitidos. A empresa duvida mesmo dos resultados dos testes do regulador francês, que acabaram por ditar a suspensão das vendas do modelo.
Os muitos estudos realizados ao longo dos últimos anos não conseguiram provar cabalmente que as radiações dos telemóveis possam ter um impacto negativo para a saúde humana. Ainda assim, estes e outros equipamentos têm de respeitar limites de segurança definidos internacionalmente.
A emissão de níveis de radiação acima do permitido foi detetada em dois testes realizados pela Agência Nacional de Frequências, responsável pelo controlo das taxas de emissão dos equipamentos que emitem ondas eletromagnéticas. A Agência monitorizou o iPhone 12 e mais outros 140 telemóveis vendidos no país.
Segundo a Euronews, na quarta-feira várias lojas de telecomunicações já tinham retirado o iPhone 12 das prateleiras, uma situação que pode durar pouco tempo já que, segundo as mesmas fontes, a situação pode ser corrigida com uma atualização de software.
O ministro francês com a pasta da digitalização veio mesmo explicar, numa publicação no twitter, que o nível de radiações emitidas pelos telemóveis pode variar ao longo da sua vida útil e em consequência das atualizações de software que vão recebendo. Jean-Noël Barrot frisou, aliás, que esse é o caso no iPhone 12 e como tal a situação pode ser facilmente corrigida pela marca.
Os testes da ANF francesa medem o nível de radiações emitido pelos smartphones quando estão na mão, junto à cara do utilizador, e quando estão já a alguma distância, numa mala, por exemplo. É na posição mais próxima que foram ultrapassados os 4 watts por quilograma (W/kg) permitidos. O modelo registou 5,74 W/kg, segundo a Euronews.
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