As metas de cobertura definidas para a quarta geração móvel no Brasil obrigam os operadores a acelerar a instalação de infraestrutura para conseguir ter os serviços a funcionar nas principais cidades durante o Mundial de Futebol, que se realiza no próximo ano.

Segundo cálculos do Sindicato Nacional das empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), vai ser necessário instalar 30 antenas por dia até ao Mundial, estimando-se a necessidade de 9.566 licenças para a instalação de novas antenas de quarta geração móvel nas 12 cidades que recebem os jogos do Mundial em 2014.

O grupo que reúne as principais operadoras no Brasil alerta porém para as dificuldades que podem surgir na expansão dos serviços, relacionadas com obstáculos legislativos, pedindo o envolvimento das entidades municipais para que se consiga ultrapassar o problema.

De acordo com os cálculos São Paulo é a cidade onde será necessário instalar um maior número de antenas 4G, ultrapassando as 2.700. Segue-se o rio de Janeiro com 1.723 antenas e Brasília com 954. Pelas características técnicas do 4G as operadoras admitem que será necessário instalar um número de antenas três vezes superior ao utilizado na rede 3G.

As licenças 4G foram entregues à Claro, TIM, Vivo e o Oi, que pagaram um total de 2,45 mil milhões de reais, cerca de mil milhões de euros, para poderem prestar serviços de quarta geração móvel.

O compromisso das operadores passa por ter a funcionar serviços de quarta geração já este ano nas cidades que recebem a Copa das Confederações. O passo seguinte será garantir cobertura nas cidades que recebem o mundial de Futebol no próximo ano e a cobertura integral do país está prevista apenas para 2019.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico