A cada semana que passa, novos telemóveis surgem no mercado, uns com características mais diferenciadoras que outras. A qualidade e funções do ecrã, as ferramentas embutidas ou a capacidade da bateria são alguns dos factores focados pelos fabricantes.

As preocupações com o meio ambiente também vão surgindo, com maior intensidade nos últimos tempos, e é neste campo que a União Europeia quer intervir. Aliando os pensamentos "verdes" às baterias embutidas nos equipamentos, a UE está a considerar novas directivas que têm em vista a colocação de baterias facilmente substituíveis nos telemóveis de forma a evitar que aqueles dispositivos, quando se tornam obsoletos, acabem por se deteriorar em aterros ao invés de serem facilmente retirados e reciclados por agentes especializados.

A notícia é avançada pela AppleInsider que, apoiada num artigo da New Electronics, indica que na mais recente regulamentação para a industria informática, ainda em análise em Bruxelas, a UE está a ponderar colocar uma nova directiva referente a baterias e semelhante às normas RoHS, que forçam a indústria de computadores a eliminar os materiais químicos nocivos do processo de fabrico dos equipamentos.

Com a entrada em vigor desta norma, os fabricantes teriam de facilitar os processos de recolha de baterias tornando o acesso aos dispositivos mais prático. Neste contexto, teriam de fazer com que a remoção das baterias não implicasse a desmontagem do aparelho, o desaparafusar do equipamento ou outro processo complexo.

Existem, obviamente, raras excepções que cumprem os requisitos de Bruxelas, mas, por oposição, vários que vão totalmente contra a directiva. É o caso do iPhone. O telemóvel da Apple, tal como os seus leitores de MP3, não permite a recolha da bateria de forma simples e implica que o utilizador envie o telemóvel para os agentes especializados quando é necessária a substituição da bateria.

Por enquanto ainda não há qualquer previsão para a entrada em vigor da directiva, ou se esta chegará a ser implementada. No caso de ser aprovada, os fabricantes terão de redesenhar os equipamentos de forma a cumprir os requisitos comunitários.