A Cabovisão passou à história e quem o afirma é Miguel Veiga Martins, CEO da empresa, "hoje é provavelmente o último dia em que vamos ouvir falar dela", disse.
Numa apresentação à imprensa, que teve lugar no Terreiro do Paço, esta terça-feira, e que contou também com a presença do CMO José Henriques, a metamorfose por que a operadora tem passado nos últimos meses ficou completa. Doravante, a Cabovisão dá lugar à NOWO, uma marca mais "atrevida e provocadora" que vai ser responsável pela implementação de um novo modelo de negócio no setor das telecomunicações.
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Com esta nova identidade, a operadora pretende dar mais poder de decisão ao cliente e romper com a imagem rígida e estrita com que as empresas da indústria se têm associado nos últimos tempos por conta dos encargos e das exigências que fazem ao consumidor.
Na prática, a lógica da NOWO passa pela personalização de um serviço onde geralmente "ninguém pode escolher o que quer, mas todos pagam o que a empresa decide", como afirmou Miguel Veiga Martins.
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A ideia é deixar que o cliente construa o seu serviço de acordo com as suas necessidades. Com as novas ofertas da operadora - que podem ser personalizadas e ajustadas no novo simulador da empresa - , passa a ser possível deixar de fora o telefone fixo, ajustar o número de canais, a velocidade da internet fixa, o plafond de internet móvel, os minutos gratuitos para redes nacionais e até mesmo os serviços que deseja assinar. De tudo isto, o preço mínimo possível é de 19,99€ (33 canais + 100Mbps de internet fixa), mas a empresa aposta ainda numa resposta low cost à infame estratégia de fidelização que as operadoras tornaram popular nos últimos anos.
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Neste campo, a NOWO oferece-lhe três opções: fidelização nenhuma, com 50 euros de taxa de instalação, seis meses de fidelização, com 30 euros de taxa de instalação ou, por último, 12 meses de fidelização sem qualquer custo adicional. Valores aliciantes que o CMO José Henriques afirma não estarem condicionados por quaisquer "asteriscos ou letras pequeninas que iludam o cliente".
"Os consumidores estão cansados deste modelo de negócio [nas telecomunicações] que foi interessante para as operadoras em termos de concorrência mas que acabou por saturar o mercado", disse Miguel Veiga Martins em conversa com os jornalistas onde também confessou que um dos objetivos destas novas ofertas é "provocar a concorrência".
E a imagem da marca dá seguimento a esta nova postura para o mercado das telecomunicações onde José Henriques afirma que a NOWO quer ser um "rebelde simpático com uma causa", com uma abordagem bem humorada e "tratar os clientes jovens por tu" para demarcar uma posição disruptiva com a rigidez estabelecida no setor.
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Em termos de números, o CEO traça expectativas realistas. Atualmente com pouco mais de 5% no mercado global das telecomunicações, a operadora pretende chegar aos 10% num prazo de dois anos sem desviar o foco das regiões onde marca maior presença e onde, até à data, já contabiliza mais de 900.000 casas passadas.
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