O órgão regulador das telecomunicações espanhol, a Comisión del Mercado de Telecomunicaciones – CMT –, que desempenha funções semelhantes à Anacom – antigo ICP – está a preparar medidas para a abertura do lacete local da Telefónica, a maior operadora de telecomunicações espanhola. A CMT pretende também forçar a Telefónica a aumentar a capacidade de hospedar linhas de outros operadores nas suas centrais, coisa que a empresa tinha limitado com base no factor qualidade.



A abertura da rede local é de grande importância para os restantes operadores espanhóis e é considerada a última etapa do processo de liberalização do sector das telecomunicações. Embora o governo tivesse previsto este passo para Janeiro do ano passado tal não sucedeu, como tinham previsto fontes do sector.



Perante esta situação a CMT apresentou aos operadores uma proposta para pôr termo a todos os problemas surgidos durante 2001. Este documento denomina-se OBA 2002 – Oferta de Subscrição de Lacete para 2002 – e visa determinar quais os aspectos que impedem o lacete local de avançar para a liberalização. Segundo informações veiculadas pelo órgão de comunicação Expansión Directo as operadoras têm agora até 9 de Fevereiro para apresentar os seus argumentos em relação ao documento da CMT que entrará em vigor no final de Março. Das 927 centrais que deveriam estar a funcionar em território espanhol apenas seis estão a operar, sendo que somente dois concorrentes conseguiram instalar 15 linhas para voz.




Notícias Relacionadas:

2001-09-29 - Operadores espanhóis não conseguem captar clientes à Telefónica

2001-08-13 - Telefónica obrigada a reduzir preços de utilização da sua rede

2001-07-09 - Telefónica aumenta quota no mercado móvel em Espanha

2001-06-22 - Telefónica opõe-se à CMT no lacete local

2001-05-25 - Telefónica acelera lacete local e aumenta capital