Nove mil milhões de euros é quanto a Comissão Europeia destina ao sector das telecomunicações e tecnologias da informação e comunicação (TIC) no plano hoje aprovado para estimular as redes europeias.

No total, são 50 mil milhões de euros para investimentos destinados a melhorar as redes europeias no domínio dos transportes, energia e tecnologia digital, naquela que se apresenta como a primeira vez que é proposto um instrumento único de financiamento para os três setores de rede, destaca o Executivo comunitário.

"Mediante a concentração dos esforços nas redes inteligentes, sustentáveis e totalmente interligadas no domínio dos transportes, da energia e da tecnologia digital, o Mecanismo Interligar a Europa contribuirá para completar o mercado único europeu", defende a Comissão, no comunicado oficial.

O "Mecanismo interligar a Europa" irá financiar projetos que preenchem os elos em falta das redes europeias de energia, transportes e infraestruturas digitais, reservando, respetivamente, montantes de 9,1 mil milhões de euros, 31,7 mil milhões de euros e 9,2 mil milhões de euros a cada setor.

No âmbito das telecomunicações e TIC está previsto um financiamento e cerca de 9,2 mil milhões de euros, para apoiar o investimento em redes de banda larga rápida e muito rápida e serviços digitais pan-europeus.

"O financiamento disponibilizado pelo Mecanismo deverá atrair outros fundos públicos, conferindo credibilidade aos projetos de infraestruturas e permitindo a redução dos seus perfis de risco", espera o Executivo, que "com base em estimativas prudentes", considera que "o financiamento de infraestruturas de rede poderá estimular investimentos no valor de mais de 50 mil milhões de euros".

Recorde-se que um dos objetivos da Agenda Digital para 2020 é o acesso generalizado à Internet de banda larga a uma velocidade de, pelo menos, 30 Mbps, e a subscrição de velocidades acima dos 100 Mbps por, pelo menos, 50% dos agregados familiares europeus.

Em matéria de serviços digitais, o investimento destina-se a subsidiar a construção das infraestruturas necessárias à implementação de sistemas de identificação online, concursos online e de registos eletrónicos de cuidados de saúde.

O desenvolvimento da Europeana (repositório digital da Cultura europeia), de sistemas de Justiça online e de serviços relacionados com as alfândegas são outras das prioridades mencionadas.

"Os fundos servirão para assegurar a interoperabilidade e para suportar os custos de funcionamento das infraestruturas a nível europeu, que ligam as infraestruturas dos Estados-Membros", detalhou a Comissão.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico