Comissão de Trabalhadores da PT volta a defender não à OPA

27 dez 2006 14:04

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O desmantelamento de operações, os níveis de endividamento e a destruição de emprego qualificado são alguns dos argumentos da Comissão de Trabalhadores da PT que considera mau o serviço prestado ao país pela AdC com a aprovação da OPA.

A Comissão de trabalhadores da Portugal Telecom emitiu hoje um comunicado reafirmando o seu desagrado face à decisão na passada sexta feira da Autoridade da Concorrência que dá luz verde à OPA da Sonaecom sobre a Portugal Telecom.

"Contrariamente ao que a Sonaecom diz, esta operação, a concretizar-se, vai aumentar a concentração e posição dominante da nova empresa Sonaecom/PT, prejudicando tudo e todos à excepção da família Azevedo, do Santander e da France Telecom", refere o comunicado citado pelo Jornal de Negócios.

A CT sublinha o elevado nível de endividamento do incumbente e a proposta de desmantelamento de várias áreas de negócios como principais aspectos positivos da operação, referindo ainda que esta irá "acabar com a principal bandeira de internacionalização do país".

É com base neste argumento que a CT considera que a Autoridade da Concorrência prestou "um mau serviço a Portugal e aos portugueses" ao dar "luz verde" à operação de concentração que segue agora para processo de registo junto da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

O comunicado nota ainda os impactos negativos da operação para os trabalhadores do grupo considerando que esta "cria dificuldades no financiamento do fundo de pensões" e "destrói emprego qualificado".

O documento termina com um pedido de não venda das acções dirigido aos accionistas e de manutenção da Golden share e da blindagem de estatutos por parte do Governo.