As previsões da indústria indicam que o 5G será uma realidade entre 2020 e 2025. Nessa altura multiplicará por 30 os débitos que as ligações móveis de dados oferecem hoje. No caminho que há a percorrer até lá chegar, a Europa quer posicionar-se entre as regiões que lideram o processo, como já conseguiu fazer em gerações anteriores da tecnologia móvel.



No final de 2013, algumas das maiores referências da indústria móvel na região juntaram-se à CE para refletir sobre o tema e definir prioridades que orientassem o caminho para lá chegar. Esta semana revelaram-nas no Mobile World Congress, em Barcelona.


Nesta espécie de carta de intenções defende-se que o 5G não pode ser apenas uma evolução das atuais redes móveis. Deve ser uma rede completamente nova, pronta para suportar novos serviços e para garantir uma ligação de qualidade à Internet, em todas as situações do dia-a-dia. Seja durante uma viagem de transportes públicos ou em zonas de elevada densidade populacional, exemplifica a CE numa nota publicada online.


Na lista de prioridades eleitas pela CE e pelo conjunto de empresas que se juntaram ao organismo europeu numa parceria público-privada, também é sublinhada a importância de criar infraestruturas flexíveis, sustentáveis e escaláveis e com capacidade para se adaptarem rapidamente a diferentes requisitos.


Defende-se ainda a necessidade de manter uma gestão de espectro "estável e previsível", já que a boa utilização deste recurso será crítica para dar resposta a uma geração tecnológica que será mais exigente a este nível. Responder a essas exigências obrigará a considerar um espectro de frequências mais abrangente, sublinha a CE.


Nokia, Ericsson e Alcatel-Lucent estão entre as empresas que se uniram à CE na parceria público-privada que tem vindo a trabalhar para definir uma estratégia europeia para o 5G.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico