O Sol está a três ou quatro meses de ver o seu campo magnético invertido, um fenómeno que acontece a cada onze anos e que é o culminar do chamado ciclo solar. As erupções na superfície da estrela vão aumentar, em número e em intensidade, e as ondas de energia libertadas podem afetar os satélites de telecomunicações e redes de energia no planeta Terra.

A informação é revelada pela Agência Espacial norte-americana (NASA) com base nas observações que têm sido feitas ao astro por centros de investigação associados. No final do ano o Sol vai atingir o seu pico de atividade, algures entre novembro e dezembro.

O físico solar Phil Scherrer, da Universidade de Standford, explica em nota de imprensa o que acontece: "Os campos magnéticos polares do Sol enfraquecem, chegam a zero, e depois surgem outra vez com a polaridade invertida".

O fenómeno vai ter repercussões em todo o Sistema Solar já que a heliosfera, zona influenciada pelo campo magnético do Sol, estende-se por milhões de quilómetros até depois de Plutão. O planeta Terra como está dentro deste manto de influência também pode sentir alterações, sobretudo nos satélites de telecomunicações, o que pode colocar em causa alguns sistemas de comunicação.

A libertação de raios-X e o aumento da radiação UV pode causar alterações também na ionosfera, afetando as comunicações rádio de longo alcance.

A temperatura e as condições meteorológicas da Terra também podem ser afetados pela inversão de polos magnéticos na estrela.

Os cientistas ainda não conseguem justificar o porquê dos intervalos de tempo de onze anos que acontecem entre cada mudança que se dá no campo magnético do Sol.


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