As ofertas em pacote há muito que servem a maior parte das famílias portuguesas, no que se refere aos serviços de comunicações. Segundo dados da Anacom, 90 em cada 100 famílias consomem serviços de comunicações agregados em pacotes, produtos que representam metade das receitas totais dos operadores no retalho.

As ofertas em pacote somavam 4,5 milhões de clientes no final de junho, mais 151 mil (3,5%) que em igual período do ano passado e entre janeiro e junho deste ano renderam 923 milhões de euros aos operadores, um volume 3,9% superior ao obtido em igual período do ano passado.

As ofertas isoladas, apenas com um serviço, representam já apenas 1% do total de clientes residenciais no que se refere à banda larga, 3% dos clientes de televisão e 6% dos utilizadores residenciais de telefone fixo.

Anacom - serviços em pacote 1º semestre 2022
créditos: Anacom

No universo dos bundles, aqueles que juntam quatro ou mais serviços foram os únicos a ganhar novos clientes entre janeiro e junho deste ano, também segundo dados do regulador. Cresceram 7,2%, no maior avanço desde 2019, com a adição de 157 mil novos clientes. Passaram a ter 2,3 milhões de clientes, representativos de 52,6% das subscrições em pacote e de 64,7% das receitas dos operadores com ofertas agregadas.

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Os pacotes de triple play passaram a ter uma representatividade ligeiramente menor neste universo (caíram 0,2%, pela primeira vez desde o início de 2020), mas ainda servem 1,7 milhões de famílias, ou 38,1% das que subscrevem pacotes de serviços.

Os números apurados pela Anacom mostram ainda que cada cliente de serviços em pacote pagou por eles uma média de 34,75 euros mensais (valor sem IVA). Nas ofertas 4 e 5P a despesa média é ligeiramente superior, fixa-se nos 43,17 euros, valores que traduzem variações mínimas face ao ARPU do ano passado.

Por operadores, lidera a MEO que controla 41% do mercado de serviços em pacote e a mesma percentagem da receita gerada por esses serviços. A NOS é o segundo operador com mais serviços deste tipo ativos (35,7%), seguem-se a Vodafone e a Nowo, com quota de 20,2% e 3%, respetivamente. Na comparação com os dados apurados para o mesmo período do ano passado, verifica-se que Vodafone e Meo aumentaram ligeiramente a quota de subscritores nestes segmentos (0,5 e 0,2%), NOS e Nowo baixaram.