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O fim do financiamento da Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade por parte do POSI não vai invalidar a continuação da ligação à Internet das escolas, bibliotecas e instituições solidárias que têm usufruido da conectividade fornecida pela RCTS e RCTS2, estando previsto até um aumento da largura de banda com a ligação através de ADSL. A garantia é dada por Diogo Vasconcelos, gestor da Unidade Missão Investigação e Conhecimento, que assume a nível governamental a coordenação das políticas relacionadas com a Sociedade da Informação.




O alerta em relação ao término do financiamento, previsto no âmbito do projecto, por parte do Partido Socialista está a gerar alguma confusão, que a UMIC se apressou a corrigir, emitindo um comunicado de imprensa onde garante a continuidade da conectividade à Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade, embora em moldes diferentes.


Pedro Veiga, presidente da FCCN, que coordenou o projecto RCTS e RCTS 2, explicou ao TeK que de facto o financiamento do POSI - assente em verbas do FEDER e do Orçamento de Estado - tinha a duração prevista de três anos, que terminam no final de 2003. A Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade teve durante este ano um orçamento previsto de 11 milhões de euros, suportando a rede de investigação e de ensino superior e também a rede das escolas, associações e outras entidades.



Apesar do orçamento não estar ainda aprovado, Pedro Veiga afirma que não tem a mínima razão para pensar que venham a existir problemas de financiamento que ponham em causa quer o funcionamento da rede quer as actualizações previstas para o próximo ano. "Mas até o OE2004 estar aprovado na especialidade e os compromissos serem contratualizados com a FCCN nada está garantido a 100%", precisou Pedro Veiga.



O presidente da FCCN admitiu ainda ao TeK que desde o início deste ano foram desenvolvidos contactos com o Ministério da Educação para a transição da rede de ligação das escolas à Internet. A FCCN continuará a continuará a assegurar a parte de serviços da rede com base na infra-estrutura existente e que foi financiada pelo projecto POSI, estando a ser negociado um protocolo com o DAPP (Direcção Geral do Ministério da Educação) que cobre essa intervenção. Ao mesmo tempo está a ser pensada a migração da maioria da actual rede RDIS para ADSL no seguimento das linhas estratégicas de dinamização da banda larga definidas pelo Governo.



Em relação à rede de investigação e de ensino superior, a FCCN apresentou uma proposta de orçamento para o ano de 2004 ao conselho Geral e tem mantido contactos estreitos com o Ministério da Ciência e do Ensino Superior para que não exista qualquer perturbação na normal operação da rede, confirmou ainda Pedro Veiga.



Está também nesta área a ser preparada uma evolução em termos de largura de banda da rede, pretendendo aumentar no início de 2004 o acesso internacional para 1,2 Gbps e poder alargar a ligação Lisboa-Porto para 2,5 Gbps ou mesmo 10 Gbps, avança Pedro Veiga.



A componente de Rede Solidária, actualmente também integrada na RCTS, vai ter o financiamento assegurado através das verbas adstritas à UMIC, confirma a Unidade de Missão em comunicado. Recorde-se que neste âmbito Diogo Vasconcelos anunciou no início da semana um upgrade da Rede Solidária, ligando gratuitamente instituições de e para Pessoas com Deficiência.

Nota da Redacção: [2003-11-07 10:19:00] A notícia foi actualizada para clarificar uma declaração de Pedro Veiga relativa à garantia de financiamento no projecto RCTS, no quarto parágrafo.

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