A Electricidade de Portugal afirmou que é pouco provável que a opção de recompra sobre os 25,49 por cento que detinha na Optimus venha a ser exercido até 22 de Setembro, data limite acordada para tal quando a participação foi alienada à Thorn Finance, apesar de manter o interesse em consolidar as operações de telecomunicações, revelou Francisco Sánchez, presidente da eléctrica nacional.



Rui Horta e Costa, administrador financeiro da EDP explicou, em conferência de imprensa, de acordo com citação da publicação online Negócios.pt, que a única intenção desta opção seria facilitar um acordo com a Sonae para fusão das operações de telecomunicações, só fazendo sentido que isso aconteça no caso da existência de pelo menos uma intenção de as empresas visadas acordarem em consolidar as operações na área de telecomunicações.



Apesar de tudo, a EDP continua interessada em consolidar operações de telecomunicações em Portugal, em particular na área da telefonia móvel. "A consolidação das telecomunicações é a solução adequada", garantiu Francisco Sánchez, salientando que as negociações que se têm mantido com a SonaeCom desde há um ano nunca foram interrompidas, não existindo contudo desenvolvimentos recentes.



A eléctrica portuguesa defende que a consolidação com a SonaeCom não é a única alternativa colocada, considerando negociar com os outros operadores no mercado.



Horta e Costa voltou a afirmar que a empresa poderá congelar os projectos na área da telefonia móvel, se tal situação for necessária para defender os accionistas e a rentabilidade do negócio, explicou ao Negócios.



O responsável garante que a OniWay, operadora móvel do grupo Oni que detém uma licença para operar no UMTS e deverá conseguir uma outra para operar no GPRS, "está pronta para arrancar". Horta e Costa recusou-se, no entanto, a adiantar se a empresa pretende ou não arrancar com as operações de telefonia móvel, mencionando apenas que considera que as operações do quarto operador serão rentáveis.



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