A Agência Europeia para a Segurança das Redes e Informação (ENISA) elaborou um relatório onde encoraja as empresas que gerem as redes energéticas inteligentes, conhecidas como Smart Grids, a melhorarem as medidas de proteção dos serviços tecnológicos.

O organismo para a cibersegurança europeia considera que as Smart Grids vão ter um papel importante nos objetivos energéticos definidos pela UE para 2020 e que pressupõe que as energias renováveis assumam um peso de 20% na UE, o mesmo número previsto para a redução na emissão de CO2.

Dada a dependência que as Smart Grids têm relativamente a redes de computadores, dispositivos inteligentes e serviços informáticos de gestão de dados, a componente de cibersegurança tem que representar um ponto de investimento das entidades responsáveis pelas redes de energia.

A ENISA elaborou 39 sugestões que podem ser implementadas na proteção do sistema de distribuição energético, divididas em 10 domínios. A gestão do risco e governação de segurança, gestão de serviços de empresas parceiras, treino especializado para os funcionários, reforço de segurança das redes, auditorias e contagens regulares são algumas das áreas que podem ser exploradas pelas Smart Grids.

"São necessárias soluções inovadoras e tecnológicas, juntamente com novos regulamentos e esquemas económicos ajustáveis da UE. Esperamos ver as Smart Grids nas próximas estratégias de cibersegurança da UE", comentou em nota de imprensa o diretor executivo da ENISA, Udo Helmbrecht.

A adoção de um conjunto de medidas que sejam implementadas nos vários gestores de redes energéticas inteligentes vai precisar da elaboração de uma rede mínima comum a todos os players, requisitos básicos semelhantes nos diversos Estados-Membros e cooperação facilitada entre os vários intervenientes.

A ENISA acredita que as sugestões divulgadas no relatório vão ajudar as Smart Grids a salvaguardarem as tarefas a que estão propostas, e o efeito deverá ser visível tanto nos clientes como nas empresas distribuidoras de energia.


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