Esta localidade, situada no concelho de Seia, na Serra da Estrela, está abrangida por um projeto tecnológico pioneiro em Portugal que pretende contribuir para o desenvolvimento da qualidade de vida dos seus habitantes e dos muitos visitantes.

A iniciativa envolve a Fundação Vodafone e a Câmara Municipal de Seia, que pretendem fazer da aldeia do Sabugueiro “uma montra de boas práticas e inovação, transformando-a num ícone ao nível da sustentabilidade ambiental, economias criativas, urbanismo, mobilidade e novas tecnologias”.

Para isso contribuem projetos em áreas diversas como a energética dos edifícios e domicílios, a mobilidade, a saúde, a iluminação pública e os recursos hídricos. Sempre respeitando os traços da aldeia e da sua envolvente, foram implementadas no terreno soluções Machine to Machine (M2M) ou IoT (Internet of Things), entre outras, segundo revela a Fundação Vodafone.

Entre as várias transformações resultantes, o investimento feito tem gerado economias diversas, nomeadamente de cerca de 20% ao nível da energia doméstica e de 9% no consumo de energia elétrica na rede pública e na ordem dos 12% nas perdas reais da rede de distribuição de água da freguesia.

Um outro destaque vai para a colaboração com os prestadores de cuidados de saúde ao nível da monitorização remota de sinais vitais, nomeadamente glicémia e tensão arterial.

Daí também resulta a consequente redução dos custos de transporte dos utentes e emissão de carbono nas distâncias percorridas entre o Sabugueiro e o Centro de Saúde, igualmente alimentada pelo recurso a veículos elétricos que se pretende que funcionem numa lógica de Eco Táxi Social, explicam os promotores da primeira Aldeia Inteligente de Montanha, ou Smart Mountain Village, em inglês.

O projeto envolve ainda o acesso da população à rede de fibra de última geração da Vodafone. “Este projeto-piloto procura, acima de tudo, valorizar as potencialidades e o aproveitamento socioeconómico das zonas interiores e populações rurais”, refere Mário Vaz, presidente da Fundação Vodafone Portugal. “Por norma, estamos habituados a ouvir falar da aplicação deste tipo de tecnologias em grandes espaços urbanos. Mais rara é a sua disponibilização em espaços afastados dos principais centros de decisão, razão pela qual sentimos agora um redobrado orgulho com o programa desenvolvido no Sabugueiro”, acrescenta.