Estudo da Anacom revela fraca qualidade das redes de terceira geração

20 mar 2007 11:42

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Um estudo realizado pela Anacom revela que a qualidade das redes 3G é deficitária, sobretudo fora das zonas urbanas. Os três operadores passam nos testes sem distinção, acumulando melhores e piores resultados nas várias categorias analisadas.

Nos últimos dois meses do ano a Anacom levou a cabo uma avaliação à qualidade das redes móveis, onde concluiu que os serviços de terceira geração prestados pelos três operadores licenciados para o efeito são de má qualidade. "Não apresentam uma boa cobertura WCDMA, observando-se zonas com cobertura deficiente e muitas vezes inexistente, principalmente nos eixos rodoviários", diz o documento.

Vodafone, Optimus e TMN têm vindo a apostar numa cobertura dos centros urbanos, onde de acordo com o regulador os níveis de cobertura, embora inferiores aos registados para o GSM, são considerados satisfatórios. A TMN obteve aqui a pior nota, mesmo garantindo uma boa cobertura em 97,2 por cento das medições efectuadas.

Nos eixos rodoviários os resultados são menos satisfatórios para todas as redes com o registo de áreas onde a cobertura é mesmo inexistente. Nesta análise é a Vodafone que tem a melhor prestação, com níveis Bom ou Aceitável em 87,3 por cento das medições realizadas. A Optimus recolhe a pior nota com apenas 82,6 por cento das medições realizadas a enquadrarem-se nos padrões Bom ou Aceitável.

A videotelefonia apresenta "um desempenho razoável nos aglomerados urbanos mas substancialmente inferior nos eixos rodoviários". As piores classificações dizem respeito aos parâmetros de análise relativos à Acessibilidade de Serviço e à Taxa de Terminação de Chamadas, com especial relevância para a primeira, onde os valores apurados atingem níveis aceitáveis menor número de vezes. Os eixos rodoviários voltam aqui a assumir-se como zonas de menor aposta por parte dos operadores.

No que se refere às redes GSM os resultados mostram uma boa cobertura em todo o território nacional, com bons níveis de desempenho ao nível do serviço de voz, quer nos aglomerados urbanos, quer nos eixos rodoviários.

O estudo sobre a qualidade das redes móveis introduziu na sua edição 2006 uma reformulação de metodologias. É também a primeira vez que a análise inclui as redes de terceira geração.

O estudo suportou-se na realização de 23.353 chamadas de teste e 3.198.504 medidas de nível de sinal radioeléctrico, num total de 212 horas de medidas ao longo de 8.789 quilómetros.